Monday 14 August 2023

FUTOURISM | Valores para um Destino Turístico Inteligente.

OS VALORES IMPULSIONAM AS INOVAÇÕES NOS DESTINOS TURÍSTICOS INTELIGENTES (DTI) FOMENTAM O TURISMO E A ECONOMIA CIRCULAR. 

Por Álvaro Ornelas

Os Destinos Turísticos Inteligentes (DTI) que já iniciaram seu próprio processo de inovação, decidiram e, alguns, conseguiram obter sucesso em suas respectivas estratégias. Algumas ações foram são ótimas, outras não funcionaram, mas pelo menos INOVARAM e muitos até já melhoraram no acesso ao mercado turístico. Encorajaria outras comunidades como estas já estão inovando para decidirem o mais breve possível, eleger as pessoas que podem implementar as políticas e realizar alguma coisas diferentes. Porque se você não fizer isso, será feito para você por seu vizinho ou concorrente.  


Os valores comunitários e a participação do poder público são tão importantes para fazer mudanças positivas acontecerem. Aliado ao "ato de viajar" que efetivamente ajudam a espalhar VALORES POSITIVOS. 

Um dos exemplos hoje, que visitei in-loco, é o Projeto BlueCity em Rotterdam, na Holanda uma cidade modelo para a economia circular e azul e um ponto de encontro e lar de 55 empreendedores que fazem a diferença. Outro exemplo que visitei foi o Colorado Mountain College - uma faculdade comunitária pública com vários campi no oeste do Colorado onde a economia circular e os valores positivo se encontram em iniciativas inovadoras, simples e muito eficientes para solução com base na natureza atreladas ao fluxo turísticos local. 

É inteligente ter este olhar multidisciplinar no planejamento de DTIs no Brasil, o qual depende de visão de longo prazo para efetivamente mudar e acessar novos nichos de mercado.

No segmento turístico há valores positivos de alto impacto no mercado turístico que estão  relacionados na demanda econômica crescente de recreação ao ar livre com conhecimento agregado - lúdigo (ver o post sobre EDU-entretenimento no Porto de Gênova). 

Dentro do contexto "economia circular", o Festival Comunitário de Revelstoke, BC, Canadá é um ótimo exemplo para vivenciar uma ação prática de como reunir a comunidade em torno dos quatro R’s: Reduzir, reutilizar, reciclar e reaproveitar.


Um DTI deve pensar na aceleração econômica de territórios interligados pelo potencial de agregar  regionalmente (vide posto sobre Regionalização Turística), um pontapé inicial para o desenvolvimento de um bom Plano de Desenvolvimento Econômico no município que deseja ser um DTI no Brasil. 

O processo de entendimento dos valores locais e os valores positivos do turismo e da economia circular devem ser compreendido de forma técnica e antropológica, de forma preocupada com os conflitos de valores locais, e entre os habitantes locais e os visitantes, mais do que com alguns dos riscos tangíveis para um DTI que possamos imaginar devido ao clima ou à desigualdade, ou a outras questões. 

A reflexão principal estaria baseada na seguinte pergunta: Serão os valores a verdadeira arena para mudanças significativas? A resposta, após visitar 169 municípios no Brasil trabalhando com o turismo, me parece ser SIM. Ao falarmos em valores penso realmente em uma definição em torno do que as pessoas realmente se importam. 

O que valorizamos? É seguinte reflexão. E se quisermos mudar o comportamento, seja a nível local ou a nível social global, em última análise, a maneira de conseguir a mudança em escala é fazer com que todos, ou um número suficiente de pessoas, se preocupem com algo que descentralize a responsabilidade e as ações em torno dessa mudança. Existem tantas influências nos valores e realmente, valores coletivos são, na prática, é a cultura. Partindo do princípio cultura é, basicamente, a repetição de hábito no tempo, onde os valores são traduzidos em ações.  

Se conseguirmos mudar os valores das pessoas ou expor valores diferentes e ajudar as pessoas a pensar de forma diferente, podemos influenciar a cultura no nosso próprio destino e talvez a nível global. 

Neste sentido que um DTI pode ganhar economicamente nestes grandes potenciais: viagens, indústria da hospitalidade, experiências e identificação de sues valores próprios. Onde os visitantes passam a entender o que é um lugar e como os moradores locais vêem as coisas.

Todo Destino Turístico Inteligente (DTI) deve ter um momento para refletir sobre seus valores e pensar sobre o que eles sabem que o mundo precisa aprender. Os principais valores que eles consideram importante neste momento, pós pandemia, e com novas observações. Voltamos aí a pensar na experiência do turismo ou na experiência de viagem (ver o post sobre o Projeto Tour da Experiência Brasil Imperial), uma metodologia desenvolvida por nosso grupo de consultores  como uma oportunidade de exportar esses valores e fazê lo motivacionacionais na tomada de decisão da escolha do local da próxima viagem.  

Aqui se tem a oportunidade de se conectar humanamente com pessoas de outros lugares. É um momento para deixar uma impressão que eles possam levar para casa.


E todos os lugares que já vi ou estive têm algo que podem ensinar ao mundo, agora como criar metodologias para aceleração econômica de territórios? Como comunicar? 

O que compõe um lugar são as pessoas que vivem nele. Quando se cria métodos e estratégias de desenvolvimento econômico, o território para a ser mais importante que o "alguém de vive" nele. As pessoas passam a colocar a comunidade antes de si. Aí é considerado o "ponto ótimo" para novas ideias e engajamento nas ações de diversas dimensões que impactam o DTI. 

E há algumas boas ideias sobre o bem maior e a descentralização do esforço para melhorar as coisas. E muitas vezes inclui-se o próprio visitante no processo de mudança cultural e aí temos a diferença entre turismo e viagens. 

E muitos lugares que estão adotando uma abordagem equilibrada para o turismo ou algum aspecto da gestão do destino usaram as palavras, nós realmente precisamos dos visitantes certos sem muita definição em torno deles, mas o visitante certo é alguém que está ciente e tem respeito pelas pessoas com quem está interagindo, pelo lugar, pelas normas e regras culturais daquele lugar, e eles são profundamente curiosos sobre o que podem aprender com aquele lugar. 

Há um elemento além da afinidade pessoal com um local em particular por causa de algo na maneira como as pessoas vivem lá. E às vezes você sabe disso com antecedência, e às vezes não, por isso viajar é divertido e "viciante". O Plano de Inteligência de Mercado (PIM) para um determinado DTI deve investir em um tipo mais agressivo de campanha ou marketing. Mesmo algo como dizer, talvez este não seja o lugar para você (respeitando os valores de cada cultura). Pois tudo se resume a que tipo de valores os visitantes têm. 

É quase a mesma questão que tipo de valores um local deve ter. A pergunta é: o que é um local? Não se tem debate neste viés, para responder uma simples pergunta:  O que é um local? E eu posso não desejar ir lá. 

Mas aí é assunto para a próxima reflexão... 


Suce$$o, é o que desejo aos amigos e parceiros pelo caminho, 


Álvaro ORNELAS


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