Monday, 29 July 2024

FUTOURISMO > Plano de Inteligência de Mercado.

 A Estratégia de Marketing Turístico > Plano de Inteligência do Turismo.


A Estratégia de Marketing Turístico posiciona o destino no mercado.
Mas para ocupar um lugar especial na mente e no coração dos turistas,
é preciso que seja inovadora e agregue valor à marca.

No processo de gestão do mercado, a Etapa Diagnóstica é fundamental para o reconhecimento da atual posição competitiva da marca turística, e antecede a Etapa de Formulação das Estratégias.


O diagnóstico serve como referência para a formulação de estratégias mais adequadas e inovadoras, as quais deverão orientar a atuação do destino, roteiro ou empresa em suas ações de marketing
.



Segundo definição encontrada no livro de Joseph Chias, estratégia é a “gestão do não-óbvio de um sistema no tempo”, isto é, “é mais que uma formulação antecipada de uma via de condução das ações para alcançar alguns objetivos”.


Por isso, as estratégias devem ser inovadoras e ordenar as ações que estarão construindo a imagem da marca ao longo do tempo.



É com a estratégia que definimos o que queremos ter e o que vamos promover. É o momento de definição da visão e da imagem desejada pelo destino – ou seja, do posicionamento desejado, que significa a representação da identidade, dos diferenciais em relação à concorrência e dos valores de mercado.


É na estratégia que são definidos os propósitos do destino, assim como os produtos que serão promovidos, os públicos prioritários e os objetivos que pretendemos no planejamento de marketing.


A imagem e o posicionamento de um destino, roteiro ou empresa são obtidos como resultado de uma dupla atuação – por um lado, relacionada àquilo que fazemos, e por outro, relacionada àquilo que dizemos e como dizemos.

Logo, as atitudes e a comunicação do destino devem ser conduzidas pelas mesmas estratégias, de modo que fortaleçam a marca turística e criem um bom relacionamento com o mercado.


Dessa forma, preste muita atenção às estratégias, pois são elas que nos levam ao caminho do posicionamento e do diferencial competitivo da marca, além de refletirem os valores e a identidade do destino, tornado-se a oportunidade de conquista de um lugar especial no coração e na mente dos turistas.

Monday, 22 July 2024

FUTOURISMO > O valor das pessoas.

 Atendimento ao cliente
















Na dinâmica da economia atual, as empresas, em todos os ramos de atividades, buscam caminhos para aumentar a satisfação dos clientes, realizando seus sonhos e desejos.

É importante rever alguns temas fundamentais para o sucesso de nossos empreendimentos turísticos. E entre eles, um dos mais importantes na atualidade é o atendimento aos clientes – que, na verdade, representam a verdadeira razão de existir dos destinos e prestadores de serviços no setor turístico.


Em um mercado cada vez mais competitivo, a busca pela excelência no atendimento se tornou fundamental.

Nos  decorrer das últimas décadas, os clientes – em nosso caso, turistas e intermediários do trade – tornaram-se cada vez mais exigentes em relação aos seus direitos.

Por outro lado, na luta por conquistar sua preferência, as empresas se deram conta de que o tratamento conferido a eles está diretamente relacionado ao sucesso nos negócios.


Hoje em dia, os turistas buscam envolvimento profundo com a cultura e a natureza dos destinos turísticos, com o objetivo de enriquecimento pessoal. Entretanto, sabemos que esses clientes estão expostos a uma infinidade de ofertas em nível mundial. Portanto, o nosso desafio é ser preferido por este turista potencial. Mas qual é o segredo para isso?


O mercado é constituído de pessoas. Por isso, o cliente deve sempre ser o foco principal de nossas estratégias.

Em primeiro lugar, precisamos ter em mente que atender aos nossos turistas, fornecedores e colaboradores significa, sobretudo, estabelecer laços de relacionamento.

Ou seja, independente do tipo de personalidade que cada um deles possa ter, é preciso que sejam vistos como pessoas.

Isso significa que todo aquele que pretende vender alguma coisa ou ideia deve, acima de tudo, praticar a empatia, que nada mais é do que se colocar no lugar do outro, entendendo o desejo do cliente e oferecendo o serviço para surpreendê-lo positivamente.


Aspectos essenciais do atendimento ao cliente


  • Compreensão das suas necessidades e desejos; 
  • Comunicação eficiente no atendimento; 
  • Percepção e empatia – colocar-se no lugar do cliente; 
  • Treinamento para melhorar o atendimento; 
  • Dar espaço para ele participar – criação conjunta.



Valores para atendimento que não implicam gastos

  • Credibilidade, confiança, reputação: Se você promete que seus serviços ou produtos atendem as expectativas de seus clientes, então cumpra a promessa.
  • Conveniência: É fundamental atender seu cliente no tempo que ele exige, dentro de suas necessidades e onde ele quer ser atendido.
  • Facilidade: Torne tudo muito simples e fácil ao seu cliente. Eles já possuem outros tipos de preocupações. 
  • Excelência: Se as pessoas de sua empresa são boas, não é o suficiente. Se elas são ótimas, não é o suficiente. Motive a superação sempre.
  • Antecipação: Não espere que seu cliente peça, não espere que ele reclame: faça uma pesquisa de satisfação e antecipe.
  • Bom humor: É a melhor e mais eficaz maneira de conquistar um cliente (tem impacto, envolve e é divertido).


E para encerrarmos este tópico, jamais esqueça que:


O cliente não é um estranho; é a parte essencial do nosso negócio.

O cliente não é uma interrupção do trabalho, mas o seu objetivo.

O cliente não depende de nós; nós é que dependemos dele.

O cliente não é um número estatístico; é uma pessoa igual a você.
O cliente não é com quem devemos discutir; é com quem devemos entrar em acordo.

O cliente tem necessidades, e a nossa tarefa é atendê-las; o cliente tem desejos, e a nossa tarefa é realizá-los.

O cliente merece sempre o tratamento mais amável e atencioso que possamos oferecer.

Tuesday, 9 July 2024

FUTOURISM > Projeto G.T.O

 Projeto Orla

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O Projeto Orla é uma metodologia de planejamento integrado amparada no Decreto 5.300, de 2004, que visa à racionalização e à articulação das políticas públicas das três esferas de governo. Seu foco é o planejamento da orla, por meio do Plano de Gestão Integrada - PGI.

É uma ação integrada da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, do Ministério da Economia (SPU/ME), da Secretaria Nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, do Ministério do Turismo (SNDTur/MTur), e da Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, do Ministério do Desenvolvimento Regional (SMDRU/MDR), na esfera federal, que busca otimizar o ordenamento e as atividades nos espaços costeiros. O Projeto Orla conta também com arranjo institucional nas esferas estaduais e com o protagonismo dos municípios na elaboração do PGI.

Ao firmar o Termo de Adesão à Gestão de Praias (saiba mais sobre o TAGP aqui), o município se compromete com a elaboração do PGI, com objetivo de qualificar esses territórios tão importantes do nosso país. Arranjo institucional, conceitos e diretrizes para elaboração do PGI estão presentes no Manual do Projeto Orla.

Gestão compartilhada de áreas da União - TAGP e Projeto Orla

Assista à Apresentação Gestão compartilhada de áreas da União - Transferência da gestão das praias e Projeto Orla, do Coordenador-Geral de Gestão de Bens de Uso e Administração Pública, André Nunes

Manual do Projeto Orla

O Manual "Projeto Orla: manual para elaboração do Plano de Gestão Integrada do Projeto Orla", publicado em 2022, é produto de um processo de atualização e consolidação que se deu ao longo de 2021 e 22.

O documento apresenta o passo a passo para construção do Plano de Gestão Integrada da Orla – PGI, com atualizações e inclusão de alguns temas não abordados nos Manuais originais, e é assinado pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, do Ministério da Economia (SPU/ME), Secretaria Nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, do Ministério do Turismo (SNDTur/MTur), e Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, do Ministério do Desenvolvimento Regional (SMDRU/MDR), e foi desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC em parceria com Fundação Universidade do Rio Grande - FURG e Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, no âmbito do TED 01/2018, firmado com SPU (acesse aqui mais informação sobre o TED). Após pesquisas, entrevistas e seminários setoriais, o documento foi submetido à apreciação de especialistas e instituições, como a Associação Brasileira de Entidades Estaduais do Meio Ambiente – ABEMA e as Superintendências do Patrimônio da União nos Estados - SPU/UFs.

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Conheça o Manual para elaboração do Plano de Gestão Integrada do Projeto Orla 

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Acesse também o Anexo "Modelo - Quadro Detalhado do PGI", em excel, importante documento a ser utilizado durante as oficinas e para a construção do PGI preliminar

 


Os cinco volumes publicados entre 2002 e 2006, entretanto, permanecem importantes publicações, especialmente em função de sua carga conceitual e teórica, que se mantém válida. Acesse abaixo os Manuais do Projeto Orla anteriormente elaborados:

· Guia de implementação

· Implementação em territórios com urbanização consolidada

· Fundamentos para a gestão integrada

· Manual de gestão

· Subsídios para um projeto de gestão

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Coordenação Nacional do Projeto Orla

A institucionalização da Coordenação Nacional do Projeto Orla - CNPO é objeto de Acordo de Cooperação Técnica - ACT firmado em 30/03/2022 entre SPU/ME, SNDTur/MTur e SMDRU/MDR (processo SEI ME 10154.104584/2020-43). 

Facilitadores do Projeto Orla

O processo de elaboração do PGI, como planejamento público transversal e interfederativo. Por isso, é importante que seja conduzido por profissional ou equipe de profissionais capaz de articular áreas de conhecimento variadas, como aspectos físico-geográficos dos ambientes costeiros; planejamento, orçamento e gestão públicos; legislação ambiental e patrimonial; atividades econômicas; infraestrutura; políticas sociais etc.; além de habilidades para gestão e mediação de conflitos.

Nesse sentido, a Coordenação Nacional promove qualificação e certificação de "Facilitadores do Projeto Orla", profissionais recomendados a serem contratados pelos municípios para condução do processo de elaboração do PGI. 

Lista de facilitadores já capacitados pela Coordenação Nacional

*As informações contidas nas colunas: E-mail, Formação e Link Currículo Lattes são de responsabilidade dos Facilitadores. Para quaisquer atualizações ou correções entrar em contato com NUGEP-SPU (nugep-spu@economia.gov.br)

Saiba mais sobre os cursos de qualificação e certificação de facilitadores realizados: 

Curso de atualização de conhecimentos de instrutores (2020)

O curso "Projeto Orla e Gestão de Praias - Perspectivas a partir da Lei 13.240, de 2015" (Extrato) ocorreu em julho de 2020 com vistas a atender à demanda por atualização dos conhecimentos de profissionais que atuam na elaboração de Planos de Gestão Integrada – PGI do Projeto Orla e abordou conteúdo teórico referente aos aspectos físicos das praias, conteúdo jurídico e técnico referente ao Projeto Orla e sua integração com os demais instrumentos e políticas públicas, além de tópicos que qualifiquem a atuação desses profissionais. O curso foi previsto na meta 6 de Termo de Execução Descentralizada  nº 01/2018 firmado entre a UFPA e a UFSC. 

A gravação completa do curso está disponível em:

· 29/07/2020
· 30/07/2020

Curso de formação de novos facilitadores (2021)

Em 2021, foi realizado o curso "Formação de Facilitadores do Projeto Orla", com objetivo de capacitar profissionais para auxiliar municípios na condução dos processos para elaboração de Planos de Gestão Integrada - PGI de suas orlas marítimas, fluviais, lacustres e estuarinas, conforme a metodologia do Projeto Orla.

As aulas foram realizadas entre 02/08 e 14/12/2021 (acessíveis em: https://www.youtube.com/channel/UCSLa0ZFaWll2uFnXWSKPvJg/videos). Após avaliação dos trabalhos finais pelos docentes, os profissionais aprovados receberão certificado de facilitação no Projeto Orla.

· Realização: Universidade Federal do Pará - UFPA, em parceria com pesquisadores e professores de várias regiões e instituições de ensino e pesquisas brasileiras como a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. O curso é objeto de Termo de Execução Descentralizada  nº 11/2020 firmado entre a UFPA e a SPU. 

· Maiores informaçõeshttps://cursorla.ufpa.br/ 

Entre 2007 e 2012 o Ministério do Meio Ambiente - MMA em parceria com a SPU desenvolveram outros cursos para Instrutores

Outras referências em gestão costeira

  • Documentos para municípios com TAGP (saiba mais sobre o TAGP aqui):
imagem erosao 4.png

Guia de Diretrizes de Prevenção e Proteção à Erosão Costeira - Comissão Interministerial para Recursos do Mar - CIRM 

imagem caminhos ba.pngCaminhos para Construir um Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro - Secretaria de Meio Ambiente - Bahia
     imagem anais gerco 2.pngAnais do XI Encogerco e II SBPA - XI Encontro Nacional de Gerenciamento Costeiro & II Simpósio Brasileiro sobre Praias Arenosas - Florianópol

Monday, 8 July 2024

FUTOURISMO > Promoção do Turismo no Brasil.

 Feiras e eventos

A participação de empresas e destinos em feiras nacionais e internacionais é cada vez mais importante para a geração de novos negócios no setor.

Se existe alguma ação fundamental para alavancar qualquer produto turístico no mercado, esta ação é, sem dúvida, a participação em feiras e eventos – que permitem a criação de laços de relacionamento, movimentando o mercado e acelerando os negócios.

Entretanto, para termos a certeza de que nossa participação trará bons resultados, é preciso, acima de tudo, que a nossa oferta esteja preparada, com argumentos sólidos, informações claras e materiais promocionais criativos e eficientes.

Por isso, a OSN CONSULTORIA, seu consultor Álvaro Ornelas, oferece agora algumas dicas fundamentais para que você elabore um Calendário de Participação em Feiras e Eventos do Setor Turístico.


Basicamente, feiras segmentadas são espaços direcionados à troca de experiências, com o objetivo de ampliar a rede de relacionamentos, divulgar produtos e serviços e estabelecer parcerias comerciais, aproximando os empreendimentos da cadeia produtiva. Esses eventos podem, eventualmente, estar focados no consumidor final (turistas), ou nos demais atores do trade turístico.

Objetivos dos eventos dirigidos ao trade
  • Apresentar, promover e incentivar a comercialização de destinos e roteiros , contribuindo  para estruturá-los e qualificá-los para alcançar os mercados nacional e internacional.
  • Ampliar, fortalecer e renovar canais de distribuição e comercialização dos produtos, em especial dos novos roteiros turísticos.
  • Estimular a percepção da relevância dos Produtos Associados ao Turismo na formatação dos produtos/roteiros turísticos.
  • Fortalecer o processo de regionalização do turismo.
  • Institucionalizar e ampliar a integração e a cooperação entre Unidades  Federadas, regiões turísticas, e setores público e privado.
  • Disseminar e compartilhar informações, experiências e conhecimentos sobre a  turismo e outros temas relacionados.

Objetivos dos eventos dirigidos ao consumidor final
  • Apresentar, promover e incentivar a compra de roteiros, produtos e destinos turísticos, aproveitando para realizar um relacionamento com potenciais turistas e fornecer informações, argumentos e particularidades para convencê-lo a programar sua viagem – desejo de conhecer.
  • Educar o público visitante para o turismo e, com isto, gerar novas demandas.


Preparando a participação em feiras e eventos


Antes de tudo, o que devemos fazer é identificar os nossos públicos-alvo do evento, a fim de acertarmos as ações e elaborarmos as estratégias de comunicação adequadas às suas motivações.


Públicos
  • TURISTAS
  • TRADE
  • OPERADORAS E AGÊNCIAS
  • OPINIÃO PÚBLICA / IMPRENSA
  • COMUNIDADE

Estratégias para participação
  • Apresentar o produto /destino turístico, lembrando que ele  irá compor o “catálogo” de principais produtos brasileiros e do mundo.
  • Sempre comunicar seu produto para o mercado de operadoras e agências.
  • Ter o apoio da comunidade para atender a demanda que pode ser gerada na promoção.
  • E por fim, selecionar um calendário de eventos representativos- que tenha relação e identidade com  destino, produto ou serviço.

Como é o processo de participação para trazer resultados
  • Aproveitar as oportunidades que os eventos apresentam e se organizar em rede de prestadores de serviços do destino ou roteiro para organizar e formatar a oferta
  • Utilizar os eventos para posicionar a marca do destino, dando visibilidade aos seus diferenciais e atrativos de forma clara e sincronizada;
  • Apresentação dos produtos-âncora, dando impacto à marca no mercado turístico (escolher aqueles mais representativos, que estejam prontos e possam gerar atratividade) e ficar na cabeça  de quem escutar; Formar uma comissão de atores do destino para a organização e participação no evento, a fim de apresentar o produto de forma inovadora junto ao mercado e preparar o trade e a comunidade para a produção da próxima temporada;
  • Integrar esforços dos receptivos, operadoras e agências para a promoção dos produtos-âncora, que inseridos em roteiros de experiências.
  • E depois monitorar, quantificando resultados e medindo a demanda pós evento.

Fonte: Ministério do Turismo do Brasil e Instituto Marca Brasil. 

Monday, 1 July 2024

FUTOURISMO > Ética é sustentável.

 Turismo Ético e Sustentável


A busca pela sustentabilidade nos negócios e nos processos produtivos é o maior desafio da humanidade para o Século 21. E o turismo – que representa hoje um dos mais importantes segmentos econômicos do planeta – pode ser a vanguarda desta transformação.

O que é ser sustentável? Em poucas palavras, desenvolvimento sustentável é aquele que procura satisfazer as necessidades das pessoas sem comprometer a qualidade de vida das gerações futuras. Ou seja, é um conceito que defende a utilização racional dos recursos e a preservação da vida.

Ser sustentável, portanto, é ser capaz de crescer gradualmente e de forma contínua, sem saquear a natureza. Não podemos mais pensar em "crescimentos astronômicos", porque o planeta é um só, e está sendo rapidamente devorado pela infinita ganância humana.

Mas para que essas novas ideias sejam implementadas com sucesso, ou seja, para que possamos alcançar a categoria da "sustentabilidade" em nosso negócio –  lucrando de forma menos agressiva e ajudando a evitar o colapso ambiental do planeta – é preciso reflexão e planejamento.




Precisamos levantar a bandeira da sustentabilidade, e promover entre as comunidades o pensamento de que essa é a única forma possível de manter nossa economia em condições de gerar riquezas por mais tempo e de forma continuada. 





Não é tão simples estruturar um projeto de turismo sustentável, pois sua implementação exige ética das pessoas envolvidas – isto é, atitudes ambientalistas, regras de utilização dos recursos naturais e um pensamento ecológico – algo que se contrapõe ao encontrado hoje em muitos lugares.





















Mas não é impossível. Um bom projeto de turismo sustentável precisa, em primeiro lugar, formar um rede de atores composta por diversos setores, com o objetivo de estimular práticas sustentáveis, ou seja, práticas relacionadas a modos de produção voltados à solidariedade, à igualdade e à valorização da cultura e da paisagem do lugar.

Portanto, para que um destino seja considerado "sustentável", além de uma efetiva preocupação ambiental, é preciso que haja uma articulação cooperada entre os demais setores da economia – focalizada na valorização e na reinvenção do patrimônio simbólico característico do lugar.


Mas por que criar as redes de cooperação é tão importante? Porque, com elas, passamos a valorizar os produtos e serviços locais, regionalizando a economia, tornando-a equilibrada e ativa internamente. Esses produtos regionalizados recebem grande valorização por parte dos turistas – de modo que a chamada Produção Associada atua aqui como um suporte voltado à criação de novas redes de trabalho na própria região.



Em resumo, podemos afirmar que a "sustentabilidade" será sempre determinada pela garantia do bem estar econômico e social da comunidade que vive no destino – e pela garantia de proteção e respeito absoluto ao meio ambiente e a todas as formas de vida.



Esta é a proposta do Turismo Ético e Sustentável, comprometido em não agredir covardemente a natureza, e preocupado, ao mesmo, tempo com as necessidades dos turistas e dos moradores locais –movimentando a economia, melhorando a qualidade de vida das comunidades, e tendo na própria preservação ambiental a essência do produto ou serviço turístico.




A possível contribuição do turismo para a mudança do quadro global de destruição do planeta é, de fato, muito relevante. Isso porque o turismo é capaz de ensinar ao mundo como integrar naturalmente em um mesmo negócio o desenvolvimento socioeconômico e a defesa da vida.