Monday 17 April 2023

FUTOURISM | Aviação mais verde.

 A Brasil é pioneiro a receber certificação para produzir etanol para aviação. 

aviação

O etanol produzido em Piracicaba recebeu certificação 

do Corsia, acordo da aviação civil internacional do 

qual o Brasil é signatário.

A Raízen é a primeira produtora de etanol do mundo a receber a certificação internacional 

para  produzir combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), de acordo com 

comunicado  enviando a Imprensa.

A empresa ganhou o aval para a produção no Parque de Bioenergia Costa Pinto em 

Piracicaba, no  interior de SP, cujo etanol cumpre os critérios internacionais do Corsia, 

um acordo da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), do qual o Brasil 

é signatário. 

A certificação foi do tipo ISCC CORSIA Plus (Carbon Offsetting and Reduction 

Scheme for International Aviation).

Menos emissões

aviação
Foto: Reprodução/Pexels

O SAF é um combustível sustentável que permite a substituição direta do querosene

de aviação, sem mudanças estruturais nas aeronaves.

Produzido a partir de matéria-prima renovável, o SAF é capaz de reduzir cerca de 80% o 

volume total de emissões de gases de efeito estufa em comparação ao combustível 

fóssil de aviação.

Atualmente, a única rota de SAF comercial é a HEFA, que utiliza óleos e gorduras vegetais. 

Mas a expectativa é que a rota Alcohol to Jet (ATJ) – processo que converte etanol 

em SAF – comece a ganhar escala nos próximos anos.

Desafios do mercado

SAFFoto: Raízen

O desafio do combustível, é o valor, cerca de duas a cinco vezes maior que a alternativa 

fóssil. Tradicionalmente, as companhias aéreas já lidam com margens apertadas e têm no 

combustível  40% de seus gastos operacionais. 

Entre os players do mercado, existe uma expectativa de que o Brasil se destaque no 

cenário mundial de SAF, dada sua vasta expertise na produção de combustíveis sustentáveis. 

O etanol de segunda geração da Raízen, produzido a partir dos resíduos da cana, é a único 

certificado até o momento, mas a brasileira Be8 (ex-BSBios) lidera o projeto Omega Green 

para a produção no Paraguai e a GranBio já recebeu US$ 80 milhões do Departamento de 

Energia (DoE) americano para demonstrar sua tecnologia.

Fonte: EPB

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