Thursday 5 September 2024

5 de Setembro - Dia da Amazônia

 

Com sete milhões de quilômetros quadrados, sendo cinco milhões e meio de florestas, o bioma é fundamental para o equilíbrio ambiental e climático do planeta e a conservação dos recursos hídricos. “O Dia da Amazônia é um dia de celebração”, ressalta o consultor em aceleração econômica de territórios, da Discover Brasil-OSN Consultoria, Álvaro Ornelas. “Nós temos conhecimento sobre os problemas e desafios do bioma, mas muito mais sobre as ferramentas que precisamos para vencê-los e quais os resultados que devemos atingir. Nosso trabalho tem se pautado na proposição de uma agenda positiva para o desenvolvimento sustentável da Amazônia do Brasil”, fala o consultor.

Apesar de sua incalculável importância ambiental,– como o habitat de inúmeras espécies animais, vegetais e arbóreas, e como fonte de matérias-primas alimentares, florestais, medicinais e minerais a Amazônia Brasileira tem sido constantemente ameaçada por inúmeras atividades predatórias, entre elas a extração de madeira, a mineração, as obras de infraestrutura e a conversão da floresta em áreas para pasto e agricultura.

Segunda a empresa de consultoria Discover Brasil-OSN Consultoria, os temas atuais mais prioritários e urgentes, entre ameaças, desafios e oportunidades, que afetam ou contribuem com a preservação da Amazônia Brasileira e seus cidadão são:

1. Manejo florestal e a valorização do uso das florestas
Atualmente, mais de 95% da produção madeireira vem da exploração predatória. De forma a reverter ou pelo menos minimizar os impactos causados pela exploração de madeira e de outros produtos ou serviços, a ciência desenvolveu um conjunto de técnicas capaz de usar a floresta com baixíssimo impacto ambiental. A proposta do manejo florestal é a de não afetar a capacidade de recuperação plena da floresta após a exploração. Fonte: www.saberesdafloresta.gov.br


Sendo assim, o setor madeireiro possui dois grandes desafios: incentivar o consumo responsável do mercado e encontrar formas de estimular os produtores a práticas sustentáveis. Foco na certificação de origem da madeira, há leis de exploração sustentável da madeira na Amazônia Brasileira, em Leis Federais.

2. Unidades de conservação

Dentre biomas brasileiros, a Amazônia é o que possui a maior extensão de territórios protegidos. No total, 334 UC, entre Federais, estaduais e algumas municipais, que representam mais de 1 milhão de km2 ou 26% do total da área da Amazônia brasileira. Entre os tantos desafios das UCs no país, como a sustentabilidade financeira das áreas e a manutenção do sistema no atual contexto político e econômico, destaca-se a recente luta no Congresso Nacional por propostas de redução ou desafetação de Ucs.

3. Geração de energia

Cerca de 70% da energia elétrica gerada no Brasil vem de hidrelétricas. É na Amazônia que estão planejadas grande parte dos projetos de geração de eletricidade como Belo Monte, Jirau e Teles Pires. Estimativas dos planos de expansão da geração de eletricidade para 2020, mostram que quase 60% da nova energia virá dessa fonte. Embora renovável, a energia hidrelétrica gera grandes impactos socioambientais na sua implantação, principalmente em biomas ecologicamente sensíveis como a Amazônia que, além da biodiversidade, abriga comunidades tradicionais que dependem diretamente dos recursos naturais para garantir a sua sobrevivência.

O redirecionamento de investimentos dos governos e das instituições financeiras de no mínimo de US$ 40 bilhões para investimentos em energias renováveis até 2017.


4. Grandes empreendimentos

É na expansão da fronteira minero-energética em direção à Amazônia que estão os grandes empreendimentos que mais ameaçam a biodiversidade e o próprio bioma. Se por um lado as barragens comprometem a integridade dos ecossistemas aquáticos, alterando o pulso natural dos rios, e da região amazônica (unidades de conservação, terras indígenas e modos de vida), do outro, grandes projetos de mineração e metalurgia, que requerem significativas intervenções em logística viária, potencializam impactos da cadeia minero-energética em detrimento do meio ambiente e das comunidades locais.

5. Desmatamento e degradação florestal

Embora as taxas de desmatamento tenham caído na Amazônia nos últimos anos, pouco se sabe sobre a dimensão da degradação florestal, que provavelmente tem aumentado, como consequência do uso predatório das florestas. Com o passar dos anos, o Brasil aperfeiçoou sua tecnologia para o monitoramento do desmatamento. Hoje é possível obter dados mensais, de organizações como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), sobre o crescimento ou a redução do desmatamento na Amazônia. Entretanto, as informações sobre a degradação florestal ainda são pontuais e concentradas em alguns locais em específico..

6. Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA)

Os pagamentos por serviços ambientais (PSA) buscam prioritariamente compensar financeiramente quem ajuda a conservar a natureza. Os serviços ambientais contemplam os benefícios que as pessoas obtêm da natureza, como por exemplo, a regulação do clima, a formação dos solos, o controle contra erosão, o armazenamento de carbono, a ciclagem de nutrientes e o provimento de recursos hídricos. Atualmente, a proposta do PSA é o de tentar mostrar que a água, a biodiversidade e o carbono estocado nas árvores têm valor para a sociedade.

Desde 2007, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 792, que dispõe sobre os serviços ambientais no Brasil. Apesar disso, já existem no país iniciativas de PSA como o Produtores de água, a Bolsa Verde, o Sistema de Incentivo aos Serviços Ambientais do Acre (Sisa), o ICMS Ecológico, entre outros projetos realizados por organizações e empresas.

8. Pecuária

A pecuária bovina desempenha um papel estratégico na economia, atingindo saldo significativo na balança comercial brasileira e forte expressão no Produto Interno Bruto (PIB). Apesar dos benefícios, a atividade está diretamente atrelada ao desmatamento. Para se ter ideia, a área ocupada por pastagens é de cerca de 180 milhões de ha, onde cerca de 30% desta área se encontra abandonada, degradada ou em algum estágio de degradação. A Amazônia é o bioma em que a atividade da pecuária apresentou as maiores taxas de crescimento nas duas últimas décadas. Entre os anos de 1974 e 2011, o rebanho nacional aumentou 120 milhões de cabeças. Apenas o bioma amazônico representou 46% do aumento do rebanho, localizado predominantemente nos estados de Rondônia, Pará e norte do Mato Grosso.

Além disso, de acordo com a FAO, atualmente, cerca de 70% das áreas desmatadas na floresta amazônica são ocupadas por pastagens.


Referencias Bibliogáficas:

WWF Brasil, 2017. 

BRASIL, MTur, 2009 até 2011

BRASIL, MMA, 2023

MMA, website www.saberesdafloresta.gov.br 



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