Monday 30 March 2020

O futuro depende de inovação AGORA !!!


GESTÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE TERRITÓRIOS TURÍSTICOS: ALINHAMENTO BÁSICO



Introdução
   
A expansão da atividade turística é um fenômeno mundial que impacta diretamente a geração de renda e emprego e, constituí-se a principal razão pela qual, diversos países estão empenhados no desenvolvimento dessa atividade. A indústria de viagens e turismo representa uma real possibilidade de desenvolvimento sócio-econômico, inclusão social e geração de renda, contribuindo expressivamente para o crescimento do número de postos de trabalho.

Segundo, Jean-Claude Baugarten (2008), presidente do Conselho Mundial de Turismo (WTTC), 80% da indústria de viagens e turismo é composta por pequenas e médias empresas. E apenas 20% por empresas de grande porte. Esta indústria garante a sustentabilidade de pequenos negócios, atuando nas mais variadas e importantes cadeias de produção dos países.

O encurtamento das distâncias devido ao avanço tecnológico é o fator relevante que leva países a se articularem para atrair turistas/cliente de qualquer lugar do mundo. A competição é em igualdade na indústria de viagens e turismo, pois todos os países podem promover o turismo e atrair os mesmos turistas\clientes. A economia de um país tem condições reais de crescimento através de incentivos e promoção dos atrativos e infra-estrutura turística de um determinado país. Para Baugarten (2008) os países ricos, em desenvolvimento e os pobres competem igualmente pela pelo turista que viaja a qualquer lugar do mundo.





Conceito de competitividade
  
A competitividade internacional nos mercados é uma forte preocupação manifestada nos últimos anos e debatida no meio acadêmico, sendo um tema relevante nas agendas de políticas públicas em nações desenvolvidas e em desenvolvimento (UIHAQUE, 1995).

A conceituação do fenômeno da competitividade não é uma tarefa simples. Diferentes conceitos e escopos podem ser empregados ao termo, o que acarreta uma falta de consenso na literatura sobre o tema. Em termos de avaliação, por exemplo, Haguenauer (1989) sintetiza os diversos modelos de competitividade em duas espécies de abordagem: as baseadas em noções de desempenho e aquelas baseadas em eficiência. Assim é possível medir a competitividade de um país pelas exportações e importações ou dados da indústria tradicional. Já para Kupfer (1992), em meio à grande re-engenharia das empresas, ampliou o conceito com base no desempenho das empresas. E a competitividade passou a ser medida através da sua participação de mercado (market-share).

A competitividade segundo Vanconcelos e Cyrino (2000) e Vasconcelos (2002) pode ter uma abordagem estratégica e pode ser classificada em dois eixos básicos: i) em termos de origem das vantagens (internas x externas) e ii) em função das premissas sobre a concorrência (visão estática X visão dinâmica).  A origem da competitividade deriva do ambiente externo ao destino turístico, isto é, se posicionar de acordo com a indústria de viagens e turismo global, entender a dinâmica da operação turística e da concorrência. A competitividade pode ser construída com base nas características internas dos destinos turísticos, pois ela é intrínseca a eles (WERNERFELT, 1984). 

A definição de competitividade segundo o Ministério do Turismo é:

“Competitividade é a capacidade crescente de gerar negócios nas atividades econômicas relacionadas com o setor de turismo, de forma sustentável, proporcionando ao turista uma experiência positiva.“
                                                                               
                                                                                       Cadernos do Turismo desenvolvido pelo Mtur, 2007.

A indústria de viagens e turismo exige padrões de qualidade cada vez mais elevados dos produtos turísticos ofertados. A qualidade entendida como a composição de um somatório de itens que transcendem os atrativos, a exemplo da promoção, do acesso e da sustentabilidade, criando um conceito inovador e único de competitividade. 

Competitividade da indústria de viagens e turismo nacional:  

Com base no estudo de competitividade intitulado do The Travel & Tourism Competitiveness Report (Relatório do Índice de Competitividade da Indústria de Viagens e Turismo), elaborado pela primeira vez em 2007 pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) e desenvolvido em parceria com o Conselho Mundial de Turismo (WTTC). Iniciou um novo olhar com relação sobre a indústria de viagens e turismo em 133 países no mundo.

Segundo as diretrizes da Organização Mundial de Turismo (OMT), medir o desempenho da indústria de viagens e turismo é a única maneira desta industria se desenvolver com em sua plenitude.

O Brasil, seguindo a tendência global, criou seus índices por meio de uma parceria do Ministério do Turismo, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e  SEBRAE que desenvolveram uma metodologia inovadora para auxiliar a competitividade dos  65 municípios escolhidos para compor o programa 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional. A metodologia chamada de Estudo da Competitividade está organizada e focada em melhorar processos e ações para desenvolver a competitividade de cada destino indutor.

A aplicação do Estudo da Competitividade é a  estratégicas do Ministério do Turismo (Mtur) de atingir as metas do Plano Nacional de Turismo 2007-2010 Uma Viagem a Inclusão. Cada destino indutor receberá um estudo anualmente. A primeira edição aconteceu em 2008 e a série histórica acontece de 2009 até 2012.

Para a indústria de viagens e turismo brasileira a competitividade é diferente de competição. A diferença está no enfoque como mostra a figura abaixo. Enquanto na competição o olhar é nos concorrentes (pares iguais) e a capacidade é focada em ser melhor que outro destino; Na competitividade o olhar é interno, olha suas competências e recursos e foca na capacidade de criar e de inovar.


As dimensões da competitividade do turismo nacional:  
           
A construção do índice de competitividade dos destinos turísticos no Brasil, foram consideradas variáveis que permitem a verificação das capacidades direta e indiretamente relacionadas com o turismo local, considerando que estas ações são as que mais qualificam um destino turístico como competitivo no turismo, em maior ou menor grau (Mtur,2008).

Para a operacionalização desse conceito, foram definidas cinco macro-dimensões que geraram treze dimensões. As treze dimensões, para efeito operacional, são desdobradas em sessenta e uma variáveis para que possam extrair diretamente da realidade do destino turístico uma idéia clara e objetiva da competitividade local. 









Bases da competitividade na indústria de viagens e turismo nacional:  

É crescente no Brasil a percepção da importância que deve ser dada à competitividade e seus fundamentos. Alguns motivos explicam essa afirmação. Entre eles, o trabalho contínuo de especialistas e líderes empresariais que colaboram na difusão desse entendimento. Outro motivo é a maior inserção do Brasil na indústria de viagens e turismo mundial, o que obriga os destinos turísticos brasileiros a adotarem padrões rigorosos de qualidade como forma de conquistar espaço para seus atrativos turísticos no exterior. Essa sensação positiva, porém, ainda não garante melhor avaliação da presença brasileira no mercado internacional. Para alavancar a competitividade no turismo é importante levar em consideração o entendimento de quatro fatores básicos que chamamos de bases da competitividade para a indústria de viagens e turismo brasileira: 


Estratégia – é a definição de quais recursos serão utilizados para atingir um objetivo, antecipar problemas e preparar o destino para ser competitivo.



Visão Global – é o entendimento de que o destino turístico age localmente e atua na captação de turistas de outros destinos do mundo.


Comunicação – é um processo de intercâmbio de informações que facilita o crescimento da competitividade do destino e é fator determinante na implementação das estratégias.


Índices – são definidos por indicadores que norteiam as ações e propostas estratégicas do destino. Exemplo: taxa de ocupação etc.


 Inovação

A inovação é um processo que acontece em todas as dimensões da indústria de viagens e turismo e, por isso, a integração e o trabalho conjunto da iniciativa privada, da sociedade civil organizada e do poder público são fundamentais para o pleno sucesso da gestão voltada para novos desenvolvimentos.

Primeiramente, para se alcançar a inovação, é necessário estabelecer-se uma estrutura organizacional adequada. Em seguida, deve-se instituir a definição das variáveis e seu impacto sobre cada uma das dimensões, o que é chamado de Estudo de Competitividade.

Segundo o Dicionário Aurélio (Ferreira, 1999), inovação tem como significado “ato ou efeito de inovar”, já o termo inovar significa “tornar novo, renovar, introduzir novidade”.

É preciso que a inovação seja percebida e aceita pelos mercados dos destinos. A diferença entre invenção e inovação é a aceitação. Segundo Alvin Tofler: “A mudança acontece quando o futuro invade a nossa vida”.

Para a indústria de viagens e turismo a inovação é aplicável à descoberta do potencial do destino turístico e à criação do futuro. Mas sua primeira aplicação é como estratégia, para tornar o dia de hoje plenamente eficaz e para levar as organizações para perto do ideal (DRUCKER, 1998).

A inovação depende da competência de cada Grupo Gestor, o que varia de acordo com qualificação dos membros que o compõem (conhecimento dos indivíduos, suas habilidades e sua capacidade de planejar) e com ação do grupo (poder de decisão).

Tipos de inovação

De acordo com a terceira edição do Manual de Oslo (OECD,2005 p. 16-17, 48-49), cada tipo de inovação é assim definido:

Inovação na gestão – a qual envolve implementações de novos métodos organizacionais, através de mudanças nas práticas de negócios, na organização do ambiente de trabalho, ou nas relações externas do destino turístico ou de uma empresa. 

Inovação no mercado - a inovação no mercado acontece fundamentalmente quando se configura um novo mercado. Isso acontece sob os seguintes aspectos: custo, diferenciação, nicho/enfoque ou pela a composição de dois dos aspectos citados. 

Inovação nos processos - é a implementação de um novo ou significativamente melhorado processo produtivo. Envolve técnicas e equipamentos utilizados para a produção (de benefícios ou serviços) ou entrega (de produtos e serviços) de forma inovadora.

Inovação de produtos e serviços - é a introdução de um benefício ou serviço novo ou significativamente melhorado, em relação às suas características ou usos pretendidos. Inclui melhorias significativas nas especificações técnicas, componentes e materiais, software, interface com o usuário ou outras características funcionais. 

Fundamentalmente, a inovação acontece de quatro maneiras na sociedade produtiva do século XXI: inovação na gestão, inovação no mercado, inovação nos processos e inovação nos produtos e serviços. A tecnologia tem um papel fundamental para acelerar o desenvolvimento da inovação em todos estes tipos. Quanto maior a aplicação de soluções tecnológicas no mercado turístico, mais inovador o destino se torna.

Suce$$o a todos amigos e parceiros, 

Ornelas


REFERÊNCIAS

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BAUGARTEN, J. C. World Travel and Tourism Council Annual Report. London: WTTC, 2008.

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BLOCK, T.R.; FRAME, J.D. The project office. Menlo Park: Crisp Publications, NYC, 2001.

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COOPER, R G. Winning at new products: accelerating the process from idea to launch. New York: Basic Books, 2001.

DANTAS, Marcos. Capitalismo na Era das Redes: Trabalho, Informação e Valor no Ciclo da Comunicação Produtiva. 1999, Ed REDE, Brasília.

FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos. Manual de Oslo: proposta de diretrizes para a coleta de dados sobre inovação e tecnologia. Tradução: Paulo Garchet.  2004. Brasília: Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. Disponível em: < http://www.finep.gov.br/imprensa/sala_imprensa/manual_de_oslo.pdf  >. Acesso em: set.2007. Paginas 33, 54-55,

Governo de Santa Catarina. Investement Opportunities Report. Florianópolis: 2009
IDÈIAS que viram dinheiro. Revista Exame, Nov. 2005. Disponível em: < WWW.portalexame.abril.com.br\revista\exame\edicoes\0856\gestao\m0078608.html>. Acesso em: 10 ago. 2007.

KAFRUNI, Simone. Um Futuro de Us$ 600 milhões. Disponível em: < http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a 2528649.xml&template=3898.dwt&edition=12415&section=129 >. Acesso em: jun. 2009.
LA TORRE,  Francisco. Sistemas De Transporte Turístico. São Paulo: Edirota Roca, 2002.
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MCT – MINISTÉRIO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Estudo prospectar: um exercício de prospecção tecnológica nacional. 2003. Brasília: Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. Disponível em: < WWW.mct.gov.br\cct\prospectar\relatório_3\capa.htm >. Acesso em: set. 2005.

MUSSAK, Eugênio. A nova competência: Ética profissional é condição de empregabilidade. Disponível em < http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/nova-competencia-497465.shtml  > . Acessado em 12 jan. 2010


NICOLAU, Isabel. O Conceito de Estratégia. Instituto para o Desenvolvimento da Gestão Empresarial. Campo Grande, 2001.

SACHS, G. Dreaming with BRICs: The path to 2050. 2003. Global Paper 99. The Goldman Sach Group. Disponível em: < www.gs.com\insight\research\reports\99.pdf > . Acesso em: maio 2006.
 
TRZESNIAK, Piotr. Indicadores quantitativos: reflexões que antecedem seu estabelecimento. Ci. Inf. [online]. 1998, vol.27, n.2, pp. nd-nd. ISSN 0100-1965.

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 OECD – ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Oslo Manual: Guidelines for collecting and interpreting innovation data. 2005. 3. Ed. European Comission: OECD. Disponível em: < www.oecd.org > . Acesso em: fev. 2006.



Turismo e Inovação agora!


Inovar no turismo, após a “crise Corona”? Querer rever conceitos básicos.

O turismo e suas empresas ainda não compreenderam a real necessidade de teoria e técnicas mais avançadas para atender as NOVAS demanda do mercado turístico global. A chamada, “crise corona”, para o turismo naional, está dando uma oportunidade para rever estratégias, mercados e apostar na inovação imediata de processos e ações mais assertivas para resultados consistentes e imediatos no mercado. Abaixo trouxe, para lembrarmo-nos, dos conceitos 5 Ss e 8 Ss, amplamente usado pela indústria e pouco entendido no meio turístico esta ferramenta japonesa  de aceleração econômica, o oriente trás crises e nos transformamos em OPORTUNIDADES.



Toda empresa que se preze já ouviu falar e aplicar o Programa 5S e em muitas organizações a metodologia nipônica aplicada à realidade brasileira serviu mais para "por ordem na casa" do que melhorar a forma de agir das pessoas. Virou um termo da moda ao invés de servir para conscientizar os funcionários para uma nova mentalidade.

Levando-se em conta que uma empresa não é nada sem os colaboradores, as empresas passam a olhar para seu patrimônio como "humano", que tem como contribuir desde que seja estimulado para tal.

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Ferramenta mais abrangente         

O sócio-diretor do Instituto Brasileiro para a Competitividade (IBC), Lauro Volaco, informa que os 3S acrescentados ao programa original são mais abrangentes, complementam o Programa 5S e geram aumento da competitividade e melhoria da qualidade de vida.

Os 3S significam determinação/união, capacitação/educação/treinamento e economia/combate ao desperdício. "Com essa estrutura, o ambiente de trabalho fica mais saudável, seguro, produtivo, limpo, integrado, com equipe mais capacitada e menos desperdício de recursos.", descreve.

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Avançar degrau por degrau           

Mesmo não sendo um conceito novo, já que muitas empresas utilizam o 8S há mais de três anos, esse é o timing para transformar crise em oportunidade. "Você só cresce efetivamente em crises, pois é obrigado a sair de sua zona de conforto e encontrar soluções eficazes. Temos inúmeros exemplos de impérios industriais que viraram pó. Só vencem os que tiverem competência e velocidade de ação. É preciso capturar cada oportunidade de melhoria e implementá-la em todos os momentos por todos", aponta Volaco.

É por isso que o 8S pode ser um ponto forte nas organizações, porque não são soluções geniais de cientistas vencedores do Prêmio Nobel, mas pequenas melhorias diárias que podem ser efetuadas por todos.

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Solução embaixo do nariz  

Lembro de uma história que ilustra bem essa situação: numa fábrica, os consumidores constataram que o produto "x" não estava dentro da embalagem e, verificando-se na produção, constatou-se que na esteira não era possível identificar o produto com falha de preenchimento do seu conteúdo.       

Recorreu-se a um famoso consultor internacional que trouxe uma máquina que, pela equação sabe-se lá qual, conseguia eliminar a embalagem vazia que apresentava falha. Mas certa vez essa máquina pifou e a direção ficou enlouquecida.

Mas o problema não retornou. Indo até a produção, o diretor viu que o equipamento continuava estragado. Foi quando os funcionários disseram: "Chefe, encostamos aquela geringonça, colocamos esse ventilador aqui ó e, cada vez que a embalagem está leve, o vento acaba descartando o produto defeituoso".         

Viram? As soluções estão aí bem embaixo do nariz das chefias e, para implementar melhorias, basta dar voz a esse rico patrimônio humano que é seu funcionário.


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Comprometimento

Volaco, que é especialista em transferir essa e outras metodologias de gestão em fábricas no Brasil e Estados Unidos, aponta que tudo começa com o comprometimento da direção para a base.

Sem isso, não existe compromisso dos funcionários e, sem o engajamento deles, nada acontece. "Nos treinamentos, buscamos fazer com que os participantes tomem uma atitude e não fiquem numa situação de contemplação, pois as coisas só acontecem se houver conhecimento aplicado na busca de um objetivo comum", alerta.

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Conheça, leia, entenda e pratique os 8S no seu dia a dia pessoal
  • 1º Seiri:
Senso de Descarte, Organização Definição, separação e descarte dos itens desnecessários;
  • 2º Seiton:
Senso de Ordem, Arrumação Ordenação criteriosa dos itens necessários. Cada item no seu lugar pré-definido;
  • 3º Seiso:
Senso de Limpeza Higiene, limpeza, segurança e preservação do meio ambiente;
  • 4º Shitsuke:
Senso de Disciplina Autodisciplina para respeitar normas, regras e padrões pré-definidos;
  • 5º Setsuyaku:
Senso de Economia e combate aos desperdícios realizados por todos;
  • 6º Shikari Yaro:
Senso de Determinação, comprometimento e união de todos;
  • 7º Shido:
Senso de Educação, Treinamento e qualificação do profissional;
  •          8º Seiketsu:

             Senso de Saúde, Manutenção de ambientes agradáveis, onde todos sintam-se bem

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Conclusões

Tomando como base os resultados já obtidos com programas 5S, pode-se afirmar que, como o 8S incorpora ações de educação, treinamento, mudanças físicas e comportamentais, além de valorizar as pessoas através das sugestões, ele é uma ferramenta estratégica eficaz na economia de recursos e combate aos desperdícios, o que causa impactos positivos na qualidade e produtividade das empresas. 

Ele proporciona condições para aumento de faturamento, aumento do volume produzido e consequentemente contratação de novos funcionários.

Todos os oito Sensos são importantes, mas os de Determinação e União ou “Shikari Yaro”, o de Treinamento ou “Shido” e o de Autodisciplina ou “Shitsuke”, são a essência, pois só com a conscientização e participação da alta administração, a união de todos, a educação e treinamento, junto com a Autodisciplina coletiva é que o programa poderá ser bem sucedido.

Por se tratar de um método educativo, é de médio e longo prazo, não se podendo esperar resultados imediatamente após o seu início, especialmente por envolver a mudança de mentalidade e comportamento. Paciência e perseverança são fundamentais para o desenvolvimento constante do programa. Um dos aspectos importantes a ser considerado é que os custos decorrentes da implantação do programa, devem ser encarados e contabilizados como investimentos com alta taxa de retorno.

Para concluir podemos destacar os seguintes benefícios do programa 8S:
Bem estar das pessoas. 
>  Prevenção de acidentes. 
>  Incentivo à criatividade.
 Conservação de energia.
 Melhoria do moral das pessoas. 
 Prevenção quanto a paradas por quebras.
 Redução de estoques e peças sobressalentes. 
 Higienização mental da companhia. 
> Redução de custos, de forma geral.  
> Melhoria da qualidade de produtos e serviços. 
Aumento da produtividade da empresa. 
> Preparo da empresa para a filosofia da qualidade total (GQT).

A base para a inovação está na organização, a ordem é a primeira lei do universo e ao  mesmo tempo serve como vetor de comunicação por meio do exemplo. Assim para inovar é necessário entender os 8 sensos de forma ampla irrestrita.

Suce$$o à todos amigos e parceiros,

Ornelas.

Adaptado do artigo publicado no Jornal Bem Paraná, no caderno de Carreira & Cia.
13/07/09 às 20:53 | Ana Paula de Carvalho - anapaula@stampanews.com.br


Referências Bibliográficas:

ABRANTES, José. Programa 8S: Ferramenta para a economia e combate aos desperdícios na indústria. Dissertação de Mestrado (M. S.c.). CEFET/RJ, Rio de Janeiro, Brasil, 1997.

DEMING, W. Edwards. Qualidade: A Revolução da Administração: tradução por Clave Comunicações e Recursos Humanos. Rio de Janeiro: Saraiva , 1990.

FERNANDES, Eda. Qualidade de Vida no Trabalho. Salvador: Casa da Qualidade, 1996.

HABU, Naoshi, KOIZUMI, Yoichi, OHMORI Yoshifumi. Implementação do 5S na Prática: Tradução da Central de Manutenção Ltda ( CEMAN ). Campinas SP: Icea, 1992

RIBEIRO, Haroldo. 5 S: A  Base     para a Qualidade Total. Salvador: Casa da qualidade, 1994.

TSUCHIYA, Seiji. Quality Maintenance; Zero defects Through Equipment Management. Portland, Oregon, USA: Advanced Digital Imaging, Inc, 1992.

UMEDA, Masao. TQC e Administração de Recursos Humanos no Japão. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1996.

YOSHIMOTO, Tsikara. Qualidade, Produtividade e Cultura; O Que podemos aprender com os japoneses. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1992.

Fontes Consultadas:

ABRANTES, José. Programa 8S: Ferramenta para a economia e combate aos desperdícios na indústria. Dissertação de Mestrado (M. S.c.). CEFET/RJ, Rio de Janeiro, Brasil, 1997.

ABRANTES, José. Programa 8S. Da alta administração á linha de produção: o que fazer para aumentar o lucro. Uma base para a filosofia seis sigma. Rio de Janeiro: Interciência, 2001.

MARTINS, Petrônio G. LAUGENI, Fernado P. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 5ª ed., 2005.