Tuesday 26 July 2022

FUTURISMO: COMO AMENIZAR O SENTIMENTO ANTI-TURISTA.

        


Por Álvaro Ornelas*


Não é nenhum segredo que a superlotação de visitantes e os efeitos do turismo de massa levaram ao clamor de que os destinos populares estão perdendo sua autenticidade e o tão necessário apoio dos habitantes locais. As queixas de longa data de “invasões” de visitantes aumentaram a cada temporada, fica mais evidente no Continente Europeu e as comunidades receptoras iniciam manifestações furiosas, pichações públicas e até confrontos violentos. Deixando claro que estão revogando a Licença Social de Operação (LSO) concedida.

As reações mais impactantes acontecem em destinos como altamente populares, como Barcelona e Veneza, mas o crescimento fenomenal do turismo de massa, quando não controlado, está impactando negativamente os destinos de viagem e, por sua vez, as experiências de viagem em todo o mundo. Cidades boutique e cidades de renome internacional estão sentindo a tensão, mas também as maravilhas naturais 'Instagramáveis' e áreas selvagens como o Parque Nacional do Iguaçu, Os Geissers do  Yellowstone, ecossistemas islandeses frágeis, praias tailandesas anteriormente intocadas e a nossa Floresta Amazônica. 

Está claro que a infinidade de pontos problemáticos que surgem para destinos, visitantes e residentes quando o turismo é mal administrado não vai desaparecer. Longe de se limitar a um ciclo de notícias rapidamente esquecido, essas situações fervilham e se intensificam, ao mesmo tempo em que representam um risco comercial direto para os destinos turísticos e a economia do turismo, que, em última análise, é evitável. Sob pressão, muitas organizações recorrem a estratégias míopes que as prendem a padrões de reatividade, em vez de um gerenciamento de mudanças flexível e eficaz.


O que está acontecendo?

Para os principais destinos mais fortemente associados à reação e superlotação dos residentes, é importante lembrar a escala impressionante desses aumentos de visitação. Observe o uso emocional da linguagem ao longo dos artigos e exemplos que compilamos no final deste post. Inundações, enxames, ruínas, pisoteados etc: os impactos se agravam e são sentidos em espaços e comunidades todos os dias. Os três exemplos abaixo são apenas a ponta do iceberg, a escala global da questão continua com uma lista contínua de manchetes no final deste artigo.

Barcelona - Os visitantes aumentaram de 1,7 milhão em 1990 para mais de 7,4 milhões em 2012. Em 2016, os 1,6 milhão de habitantes da cidade foram superados em número por cerca de 32 milhões de visitantes, cerca de metade deles excursionistas. A qualidade de vida dos moradores diminuiu: aumento de aluguel e problemas de acessibilidade à medida que a infraestrutura se dedica ao mercado turístico, não há zonas livres de turistas, sentimento de que bairros e comunidades amados foram transformados em parques temáticos cafonas, protestos de alto nível.

Veneza - Efeito de navio de cruzeiro: 30.000 passageiros de navios de cruzeiro perambulando pela pequena e antiga cidade por dia durante a alta temporada. O número de turistas supera a população residente em constante declínio de 55.000. Em risco de perder a lista do Patrimônio Mundial devido à degradação de locais históricos e danos ambientais causados ​​por navios de cruzeiro.

Cinque Terre - Em 2016, uma área com 4.000 habitantes agora recebe 2,4 milhões de turistas por ano. Ridicularizado na mídia como sendo 'estragado' e 'arruinado'.


O que eles estão fazendo sobre isso?

Barcelona: Legislação: mais taxas turísticas e lei para limitar o alojamento turístico.

Veneza: Votos para limitar o número e a presença de navios de cruzeiro. Considerando a limitação da visitação. Apresentando contadores de multidões para áreas de alto tráfego.

Cinque Terre: Cota turística e aumento dos preços dos bilhetes. Sistema de bilhetagem ou sistema de semáforos para escalonar ao longo da trilha. Visa reduzir a visitação de 2,5 a 1,5 milhões por ano. Enquanto medidas para mitigar a superlotação estão sendo propostas, a implementação e a eficácia dessas táticas geralmente deixam muito a desejar, já que os setores da indústria e do governo lutam para chegar a um acordo. Frustrações e queixas continuam a surgir à medida que os moradores questionam se as questões centrais estão realmente sendo abordadas de maneira sustentável.

O que os destinos podem fazer sobre isso?

Para lidar com esse desafio, o planejamento do turismo deve levar em conta os impactos sociais e ambientais do turismo, bem como os benefícios econômicos. A melhor estratégia é começar ouvindo os residentes por meio de pesquisar diversificadas. O entendimento sobre o valor sócio econômico da economia do turismo. Embora isso seja importante, não é suficiente. Quando essa necessidade é identificada, geralmente é um alerta de um desafio muito maior.

Ao invés de direcionar o volume de chegadas ou noites de hotel, os destinos devem se esforçar para atrair o que chamamos de “o visitante certo”. Gerenciar um destino pode ser um grande salto para as entidades responsáveis pelas empresas que formam as experiências locais.

Redefina o que é sucesso (além das medidas econômicas) e crie uma visão coletiva para o futuro do seu destino que inclua os interesses de toda a comunidade. Descubra o LUGAR no mercado turístico, qual o DNA do Destino turístico para assim entender quem É DE FATO, conforme definido por seus moradores, a fim de criar o alinhamento certo entre sua comunidade e o visitante.

Certifique-se de que seu plano de gerenciamento de destino de longo prazo vá além do valor econômico para procurar outras maneiras pelas quais o turismo pode melhorar um destino. Assegure-se de que planejamento contemple várias ações de comunicação interna, e que uma entidade (Conselho Municipal de Turismo) ASSUMA seu papel o gerenciamento do destino e de liderança no gerenciamento da experiência do visitante de ponta a ponta.

Em minha experiência profissional, a colaboração profunda da comunidade e o envolvimento das partes interessadas durante o planejamento são vitais para garantir o sucesso.

Achar que esse é um problema que não os afetará. Que isso só precisa ser considerado para cidades famosas e pontos turísticos e não é real até que esteja em seu próprio quintal. Isto simplesmente não é verdade. Planejar um destino com consideração por seus moradores é vital para o desenvolvimento do turismo sustentável.

Planejamento de destino para o futuro e sua aceleração econômica de território é o que fazemos, ajudar na obtenção da LICENÇA SOCIAL DE OPERAÇÃO de cada município ou região para seu futuro no turismo, seu próprio FUTURISMO. 


Lista dos impactos do crescimento do turismo não gerenciado que atualizaremos periodicamente.

São contribuições, observações e insights que certamente ajudarão o amplo entendimento, confira:

Entretanto, alguns lisboetas estão a resolver o problema com as suas próprias mãos de forma criativa para reconectar os visitantes ao local.

Textos diretos da redação da Agência Destination Think**, VA, CA:

    Suce$$o !!!

    💪🏻🎯


    *Álvaro Ornelas é consultor especializado em aceleração territorial, atua no mercado imobiliário e turístico do Brasil. É diretor do Grupo Salomão. Um dos thinktank da Essência Náutica do Brasil, Fundador e Presidente da ANCORA (Ass. Nacional de Cooperação em Redes de Apoio à Economia do Brasil do Brasil) também com experiência no desenvolvimento do cluster de produção náutica em Santa Catarina e de regiões turísticas em todo no Mato Grosso e Brasil. Idealizador do conceito SMART SEA criado por sua empresa de consultoria. É também sócio em marinas no Brasil e em condomínios inteligentes.

    ** Agency Destination Think: Os artigos foram criados por um grande grupo de pessoas que fazem parte do Destination Think, no passado e no presente. E refletem muito bem a seriedade do problema anti-turismo no mundo moderno. E como solucionar.


    Referências Bibliográficas:

    Featured image credit: Wikimedia Creative Commons

    Foto Imagem:

    Web Adobe Image @ www.destinationthink.com

    OSN CONSULTORIA, material para o Ministério do Turismo. 




    FUTURISMO: GERENCIE O TURISMO DE MASSA ANTES QUE ELE PASSE A GERIR VOCÊ.





     Por Álvaro Ornelas*


    O FUTURISMO, ou seja, o turismo com a força de tornar o mundo melhor e mais dinâmico de forma sustentável, não é somente uma utopia é de fato uma crença de que existe forma de entender e impactar melhor um destino turístico e seu “destino”| “missão”.

    De fato quando viajamos, nossas mentes se abrem. Aprendemos sobre outras pessoas, culturas, ideias e ambientes. Acima de tudo, aprendemos sobre nós mesmos. As viagens podem fornecer uma nova perspectiva que desafia os viajantes a pensar de forma diferente e a mudar certos comportamentos. Ao longo do caminho, nós criamos memórias que levaremos para o resto de suas vidas. E isto é impactante demais em uma existência humana.

    Muitas maneiras, os visitantes também podem agregar valor aos lugares que visitam. Eles podem se conectar com pessoas que pensam como você. Podem trazer diversidade, perspectivas ou uma nova troca de ideias. Eles podem decidir se mudar para um lugar, estudar lá ou abrir um negócio. Eles podem aumentar a reputação de marcas e produtos locais. Eles podem ser uma razão para uma maior proteção ambiental e cultural. Eles podem ser a razão da infraestrutura e comodidades que os moradores desfrutam. Eles também podem trazer capital intelectual, social, econômico ou – ainda mais importante – o que Pierre Bourdieu (2013) chama de capital simbólico** para os moradores de um destino. É bom viver em um lugar que é bem conhecido ou popular.

    Dado esse potencial para o bem, é extremamente alarmante que em alguns lugares esteja acontecendo exatamente o oposto. Em vez de melhorar a qualidade de vida, o turismo tornou-se, em algumas circunstâncias, disruptivo e destrutivo. Imagens de superlotação passaram a representar muitos problemas relacionados à sustentabilidade e insatisfação dos moradores em nossos meios de comunicação.

    Embora a realidade seja muitas vezes mais sutil, o turismo muitas vezes carrega muita responsabilidade. Alguns destinos populares são amados até a morte, enquanto outros sofrem de má gestão. Muitos livros e artigos foram escritos sobre as causas, efeitos e impactos da superlotação, o que mostra que muitos outros fatores estão em jogo. Os impactos resultaram em uma reação significativa contra o turismo de residentes em lugares ao redor do mundo.

    Temos a responsabilidade como “economia do turismo” de levar isso muito a sério.

    Alguns dos principais pensadores da “economia do turismo”, defendem uma nova abordagem radical para o turismo como um todo. Essa mudança está frequentemente interligada com os desafios que enfrentamos globalmente, incluindo gentrificação, crises habitacionais, a crescente lacuna entre ricos e pobres e mudanças climáticas.

    Aqueles líderes (no setor público ou iniciativa privada) defendem que um sistema econômico baseado no crescimento contínuo não é sustentável e que deve ser substituído por sistemas que levem a uma economia regenerativa, onde o sucesso é medido em equilíbrio com fatores ambientais, sociais e culturais. Esses princípios se alinham com os argumentos de Kate Raworth (2017) em seu livro Economia Donut (vale a pena a leitura). 

    A OSN CONSULTORIA acredita que é preciso sair de um sistema econômico puramente baseado no crescimento. Estamos mais conectados por um ecossistema global do que por uma economia global. Temos a responsabilidade moral de proteger os lugares que representamos. Se esse argumento não for suficiente, precisamos proteger os ativos que, em última análise, sustentam a economia do turismo. Trocar nossa qualidade de vida ou ativos ambientais por dinheiro não é apenas moralmente errado, também não faz sentido comercialmente, seria como consumir o seu próprio estoque.

    Ponto de partida rumo à mudança é uma aspiração, mas muitas vezes vem com pouca especificidade. O foco de municípios e empresa do turismo está na promoção, no marketing , na comunicação de suas referências e especificidades. Com o foco no marketing, mesmo que muito feito não se pode mudar um sistema econômico global. Mas pode fazer muito trabalhando dentro de um ecossistema de negócios turísticos e assim localmente contribuindo para a sonhada mudança.

    Vi, na prática, isto acontecer no município de Bento Gonçalves no Rio Grande Sul, em 2009, quando era um sub-produto da “locomotiva do turismo nacional - Gramado”, e atualmente (2022) é um destino turístico com foco específico e tem uma economia do turismo focada, dedicada e integrada com outras empresas de diferentes “indústrias” (no caso, moveleira e construção civil). Exemplo prático de como transformar a economia de forma sustentável e de forma inovadora. Para esse fim, precisamos desafiar a suposição de que o crescimento econômico é sempre o único objetivo. Em vez disso, precisamos olhar além dos objetivos econômicos e incluir objetivos ambientais, sociais e culturais, porque o crescimento econômico é um meio para atingir um fim. No caso de Bento Gonçalves é promover experiências e fazer vale o seu slogan de comunicação no mercado turístico – “Pura Inspiração!”.

    Defina o fim e você entenderá os meios. Identificar e medir esses objetivos adicionais é um primeiro passo importante para gerenciar o crescimento econômico de forma responsável. Para operar uma economia do turismo viável, você precisa do apoio de seus moradores. Ian Thomson e Robert Boutilier (2011) chamam de LSO - Licença Social para Operar em seus artigos que trazem exemplos práticos do funcionamento e das estratégias usadas para “obter” a licença social de operação de um destino turístico. Se o município recebe esta licença de seus residentes significa que a sinergia entre pessoas e empresas estarão vibrando no mesmo sentido, de mudar, por meio do turismo uma economia local. Cada lugar é diferente (ainda bem que é) e, posteriormente, cada licença também. Como uma licença social é simbólica, ela não vem com limites específicos. No entanto, acredito que se possa analisar onde estão os limites e encontrar maneiras de afetá-los de forma orgânica ao processo já iniciado.

    Para aqueles que não acreditam que seu “Destino” (duplo sentido aqui) esteja perto do limite superior, a pressão do visitante muitas vezes pega os destinos de surpresa. Todo lugar tem um ponto de inflexão. Esse princípio de crescimento exponencial pegou muitos lugares de surpresa. Como exemplo vivenciei a Praia de Canavieiras em Florianópolis, exemplo típico de como a sucessão de lideranças públicas fracas e sem entendimento pleno sobre aceleração econômica “matou” a praia como atrativo Premium do Turismo de Sol e Praia e de Eventos Esportivos Internacionais na década de 80. Somente agora em 2020, sua faixa de areia foi alargada, porém ainda não tem sistema de esgoto adequado. Triste e caro demais para “reinventar”.

    Para saber o que fazer, você precisa entender onde estão os limites da sua licença social. Seus residentes são as únicas pessoas que podem lhe dizer esses limites. Exige conversas, diálogos, eventos locais e estratégia de comunicação constante. O “inner-marketing” para manter acesso a economia do turismo para aqueles moradores que “não entenderem o valor do turismo”, mas ainda não foram apresentados de como eles participarão da economia do turismo se concederam a LSO local.

    Se acende o sinal de alerta quando se tem forças contrárias a mudança e ao crescimento econômico sustentável proveniente da economia do turismo. Talvez eles entendam perfeitamente, eles simplesmente não gostam de onde está indo. Identificar e comunicar é o ponto Zero de qualquer estratégia de aceleração econômica de território.

    Não se pode mais se esconder atrás da velha e cansada linha de que “nosso papel é apenas promoção”. Esses dias acabaram. Muito pouco se tem falado sobre desenvolvimento de destinos por um tempo. Bem, agora é um bom momento para levar isso a sério, o mundo pós-pandemia trouxe uma “força” nas LSO pois o sentido de existência no planeta sofreu impactos em todas as classes sociais o que impacta diversas industrias, mas certamente a economia do turismo foi a mais impactada durante os dois anos de pandemia, mas certamente é a qual tem MAIS VALOR após.

    Então deixar os residentes falarem quais são seus sentidos de vida, de viver. O que qualidade de vida significa para cada um hoje.

    Compreender como os ativos ambientais e culturais podem sustentar, crescer e florescer sob o turismo. Como os visitantes podem agregar valor a um lugar em vez de tirar valor. Esta é a essência da gestão de destinos. É muito diferente do que você está acostumado. Requer novas capacidades, pesquisas, processos, colaboração, estratégias, sistemas e táticas.

    Às vezes, os moradores dizem todas as coisas certas, mas não fazem (quase) nada. O que precisamos é de ação real. Caso contrário, um dia, sua “Praia de Canasvieiras” ficará imaginando o que aconteceu, tanto como profissional de turismo quanto como morador do lugar que representa. Isso não é um fardo, é uma oportunidade real de re-significado local para um futuro mais brilhante no mercado de forma geral.

    Pense no impacto positivo que você pode ter em sua comunidade como organização (púbica ou privada) e como indivíduo que se preocupa profundamente com as pessoas e todos ecossistemas (natural e econômicos) ao seu redor.

    Acelerar territórios é o que fazemos, ajudar na obtenção da LICENÇA SOCIAL DE OPERAÇÃO de cada município ou região para seu futuro no turismo, seu próprio FUTURISMO.


    Suce$$o !!!

    💪🏻🎯


    *Álvaro Ornelas é consultor especializado em aceleração territorial, atua no mercado imobiliário e turístico do Brasil. É diretor do Grupo Salomão. Um dos thinktank da Essência Náutica do Brasil, Fundador e Presidente da ANCORA (Agência Nacional de Cooperação em Redes de Apoio à Economia do Brasil do Brasil) também com experiência no desenvolvimento do cluster de produção náutica em Santa Catarina e de regiões turísticas em todo no Mato Grosso e Brasil. Idealizador do conceito SMART SEA criado por sua empresa de consultoria. É também sócio em marinas no Brasil e em condomínios inteligentes.

    **Capital Simbólico: O capital simbólico refere-se a um: “grau de prestígio, celebridade ou honra acumulados e é fundado em uma dialética de conhecimento (connaissance) e reconhecimento (reconnaissance)” (Bourdieu, 1993, pág. 7). Em Distinção (1984), Bourdieu refere-se ao capital simbólico como: “a aquisição de uma reputação de competência e uma imagem de respeitabilidade e honradez...” (1984, p. 291). Bird e Smith (2005) observam a convergência entre Bourdieu e a teoria do consumo Veblen (1994) em que uma aparente falta de interesse em construir capital econômico na forma de consumo conspícuo ou generosidade atinge os maiores lucros em termos de capital simbólico. Há um custo para construir capital simbólico em termos de tempo, riqueza ou energia.


    Referências Bibliográficas:

    BAKKER, Willian. Destination Think. 2019.

    BOURDIEU, Pierre. Symbolic Capital and Social Classes. Journal of Classical Sociology. Ed Sage, Londres, 2013.

    BOURDIEU, Pierre. DELSAUT, Peter. Le couturier et sa griffe: contribution à une théorie de la magie. Actes de la recherche en sciences sociales. Paris, 1975.

    DUBY, G. The Three Orders: Feudal Society Imagined. University of Chicago Press. Chicago, 1982.

    GOFFMAN, E; The nature of deference and demeanor. American Anthropologist 58: pg 473–502. 1958.

    RAWORTH, Kate. Doughnut Economics: Seven Ways to Think Like a 21st-Century Economist. ISBN-13 9896443475, 2017.

    THOMSON, Ian. e BOUTILIER, Robert. Social license to operate. In P.Darling (Ed.), SME Mining Engineering Handbook (pp. 1779-1796). Littleton, CO: Society for Mining, Metallurgy and Exploration, 2011.

    Foto Imagem:

    Web Adobe Image @ www.destinationthink.com

    Acervo OSN CONSULTORIA, Grupo de Turismo de Balneário Camboriú, 2009.



     

    Monday 4 July 2022

    MERCADO DA INTELIGÊNCIA APLICADA AO URBANISMO DAS PESSOAS

     



    Por Álvaro Ornelas*

    Muito usa-se o termo “smart city”, que em realidade, torna-se um termo promocional para vendas no setor imobiliário. Na prática, é de fato, um novo olhar para as necessidades de moradia das pessoas com foco na convivência e no amplo uso da internet das coisas (IoT).

    É neste ponto de convergência com os conceitos do urbanismo – NOVO URBANISMO e na intersecção dos avanços da tecnologia é que faz surgir os verdadeiros bairros inteligentes os quais formarão uma cidade inteligente (Smart City).

    No mundo pós-pandemia, mais do que nunca ficou evidente quer as pessoas, em espacial no Brasil, estão morando de forma inadequada seus valores enquanto seres humanos, cidadãos e que esta discrepância na essência entre VALORES e SER HUMANO acaba impactando na qualidade de suas entregas profissionais, seja elas quais forem.

    As pessoas que residem em imóveis com áreas de 400 m2, estão repensando sua forma de morar, as pessoas que moram em imóveis bem menores ou não tem imóvel próprio também estão re-significando suas forma de habitar o planeta Terra.

    E aí está a grande oportunidade do mercado imobiliário, o qual atuamos atualmente, estas demandas ressaltaram e tornou-se também, um grande mercado, onde a forma mais competitiva de acelerar territórios economicamente é por meio de uma aplicação bem mais inteligente dos conceitos de urbanismo, arquitetura e paisagismo com foco nas pessoas e a ampla aplicação de novas tecnologias para melhorar o dia-a-dia dos cidadãos e ao mesmo tempo, novos clientes no mercado imobiliário.

    Prevê-se que o tamanho do mercado global de cidades inteligentes atinja US$318,8 bilhões até 2025, com crescimento estimado calculado (CAGR) de 25,29% (CAGR) até entre 2021-2026. A crescente urbanização com conceitos do novo urbanismo aliada ao rápido uso de tecnologias como internet das coisas(IoT), inteligência artificial (IA), tecnologia 5G e assim por diante estão aprimorando o mercado de cidades inteligentes (Smart Cities).

    Além disso, o crescente uso de carros elétricos para fornecer mobilidade inteligente e o uso de conectividade avançada para oferecer infraestrutura inteligente também estão impulsionando o mercado de cidades inteligentes. Os crescentes investimentos de países em desenvolvimento, como Índia, África do Sul e nosso Brasil, para a implantação de tecnologia inteligente, estão impulsionando o mercado de cidades inteligentes.

    Esses fatores somados são significativos e estão, portanto, alimentando o crescimento do mercado de cidades inteligentes durante o período de previsão 2021-2026.

    Suce$$o ! 

    💪🏻🎯

     

    *Álvaro Ornelas é consultor especializado em aceleração territorial, atua no mercado imobiliário e turístico do Brasil. É diretor do Grupo Salomão. Um dos thinktank da Essência Náutica do Brasil, Fundador e Presidente da ANCORA (Ass. Nacional de Cooperação em Redes de Apoio à Economia do Brasil do Brasil) também com experiência no desenvolvimento do cluster de produção náutica em Santa Catarina e de regiões turísticas em todo no Mato Grosso e Brasil. Idealizador do conceito SMART SEA criado por sua empresa de consultoria. É também sócio em marinas no Brasil e em condomínios inteligentes.


    Referências bibliográficas consultadas:

    Grupo Salomão | www.salomao.capital

    Ecole d´Tech de Lyon | www.esme.fr

    Industy Arc | www.industryarc.com

    South Poland CleanTECH Cluster | www.spcleantech.com



    Imagem ilustrativa:

    spcleantech.com