Wednesday 8 April 2020

FUtourism: o fim do turismo como conhecemos.

FUTOURISM, OUSADIA EM MUDAR NO RE-INÍCIO DAS RELAÇÕES DE MERCADO. 

Álvaro Ornelas*

Futourism do Brasil, significa entender o futuro do segmento turístico no País, no Estado, no território, mas principalmente dentro da empresa turística e de forma individual, a mente do empreendedor turístico moderno e antenado nos movimentos de mercado. O fim está próximo e é necessário para dar espaço a um novo ciclo, capaz de dar fim a praticas que são perpetuados por comodismo ou por falta de críticas (ou autocritica) que não agregam valor de mercado. Devem ser eliminadas, hoje! Para seguir em frente devemos entender que movimentos são estes que estão sendo organizados pelas forças ocultadas do mercado. E como podemos aproveitar a crise 2020 no setor para ganhar mais market-share e acelerar o potencial econômico de territórios de forma mais inteligente, hoje?


Bem, antes de criticar, devemos olhar para dentro. Ao olhar para dentro de minha mente, me fez crer que o  modelo e as práticas que, eu mesmo colaborei para consolidar em alguns dos 156 municípios que trabalhei pelo Brasil, estão inadequadas por diferentes razões. Hoje faria diferente. Não quer dizer que os fundamentos baseados por meio de métodos não tenham sidos uteis, não, eles foram necessários para atender a demanda daquele momento para aqueles atores locais, porém não foram suficientes para manter processos e padrões mais alinhados com o mercado, por muito tempos e não geraram o fluxo turístico desejado desde o primeiro contato. Então, 2020, é hora de romper com o que acreditamos e ver (mais que ver, entender) os cenários existentes e como eles impactarão no novo, agora, e no Futourism do Brasil.  

Sempre que um ciclo se encerra, outro se abre, se abre com mais força, porque absorveu acertos e eliminou erros realizados na fase anterior. Nesta vibração que nasce o Futourism do Brasil, com a vontade de fazer melhor, fazer diferente e principalmente organizar de forma mais inteligente as dimensões e variáveis que formam as cadeias produtivas da hospitalidade e das viagens. Assim o turismo na forma que conhecemos até 2020, não serve mais para atender o novo Brasil, o novo mundo e o novo mercado turístico, que já mudou há 5 anos atrás quando os padrões do consumo dos milênios começou a ser trabalhado. Uma geração que nasceu digital, que cresceu digitalmente junto com novas tecnologias que hoje são “default” em nossa sociedade moderna nasceram e melhoram junto com os seus clientes prioritários. E nós?  O segmento é tão atrasado que até hoje mantem sindicatos, associações de classe e representatividade que perderam se no ego de empresários com mentalidade politica ou na fartura de orçamentos públicos bilionários que hoje não existem mais, a nós, o mercado real, nos resta apenas uma coisa – as pessoas. Entender o movimento das pessoas no seu dia-a-dia passa a ser a missão número do poder público quando falamos em hospitalidade e viagens, sem ideologias e sem politicagem, o setor público que fala tanto em ser “smart”, tem que ser, para o bem de todos os cidadãos, mas vital para quem trabalha com desejos intangíveis como e o caso.

Decretar o fim do velho é decretar ao mesmo o inicio do novo. Que novo é este? Não sabemos, podemos imaginar este novo, se houver dados e informações, principalmente quanto aos padrões de consumo de gerações distintas, é uma pista para acharmos o novo caminho do planejamento, e das ações reais do dia a dia nas empresas e entidades de classe e prefeituras.



Estes movimentos nos padrões de consumo é um caminho com mais assertividade que nos ajudam a descrever um cenário geral, porém não são os passos reais que temos pela frente para nossa empresa, o destino ou organização turística. No entanto, é aqui que começa – um novo começo para o qual precisaremos nos adaptar para garantir a competitividade e mantermo-nos no  mercado.  A maior ameaça para este novo ciclo, não é o fim de processos antigos, mas sim a nossa resistência humana em não queres mudar junto com o Futourism do Brasil, uma decisão racional que entra em conflito com o conceito de “zonas de conforto” como foi feito até aqui, agora é mudar ou morrer no mercado de forma mais rápida do que no passado.

A nova vibração de mercado e das pessoas deve compreender quais as dimensões que devem ser trabalhadas no novo planejamento, onde e como cada um deve contribuir para formatação de experiências turísticas de relevância ao mercado turístico global. A valorização da “localidade” nunca o conceito “glo-cal” foi tão importante para gerar valor. Assim, os novos valores pensados até aqui, são:

VALOR HUMANO: Um viajante é todo tipo de humano. Sempre on-line e conectados aos seus círculos sociais, os viajantes de hoje são flexíveis para alternar entre diferentes modelos de viagem e vida. A diferenciação entre negócios e lazer, segmentar com base exclusivamente em dados demográficos ou geográficos, ignora as diferente vibrações individuas de cada um no plante. Os viajantes representam: negócios gastronômico, o passageiro “tipo milênio” tem a velocidade em tudo que faz. Pode trabalhar durante a semana em São Paulo, e o final de semana na Guarda do Embaú, única reserva de surfe do Brasil. Agora, neste momento, as comunidades se desenvolvem através de fronteiras que compartilham algo diferente de nacionalidade ou geração. Cada grupo que visita um destino, vem com um número de pessoas, cada pessoa é um indivíduos e cada um deles vai se interessar por um “micro segmento”, cada um com suas próprias motivações, cultura e maneira de se relacionar com os outros. Um grande exercício para o segmento de viagens e hospitalidade de forma geral.



VALOR DA EXPERIÊNCIA: A experiência da localidade temporária. Hoje, cada vez menos pessoas querem ser identificadas como turistas, são e desejam ser tratadas como viajantes. No Brasil, com 6 biomas, a maior integração de raças e credos, sua criatividade, sua arte e os saberes e fazeres de cada localidade, dão as condições ideias para “pensar e formatar” experiências incríveis. A valorização da diversidade é a essência para os novos produtos turísticos. Assim, as novas gerações de viajantes buscam experiências que não apenas proporcionam uma oportunidade fotográfica, mas também sujam as mãos e mergulham no destino nas formas mais criativas e possíveis. Os viajantes buscam um senso de localidade, procurando experimentar o destino verdadeiro e autêntico - o que torna um destino único. Com o crescente número de provedores e empresas que exploram o potencial comercial de compartilhamento e colaboração, os viajantes obtêm crescente acesso à experiência da viagem local.

VALOR DA VELOCIDADE: Agilidade para mudar tudo, rapidamente, após identificar um erro de percurso.  

VALOR DA LOCALIDADE: Locais são os destinos. Os habitantes locais não são um espetáculo agradável, mas sim uma das principais atrações de um destino. A entrega de uma experiência autêntica de destino depende do apoio dos habitantes locais, enquanto a qualidade de vida e o apelo do destino - e, portanto, é o  habitantes local que faz a diferença – dependem se deles a nossa capacidade de garantir uma interação harmoniosa entre visitantes e habitantes locais.

VALOR DA MARCA: Fortalecimento da marca é totalmente baseado nas relações. O marketing não nos leva mais à marca: os relacionamentos que mantemos com outras pessoas sim. Os viajantes buscam recomendações de colegas, familiares e seus círculos sociais - como sempre, mas hoje a escala de conectividade entre as pessoas assumiu dimensões totalmente novas, fazendo recomendações e as conversas que elas envolvem muito mais importante para os marca de destino do que nunca. O destino não transmite mais uma mensagem geral da marca para muitos, mas permite que histórias pessoais da marca sejam contadas pelas pessoas certas para um círculo mais amplo de pessoas. E claro, tudo por meio das mídias sociais e da interatividade que a tecnologia permitir.

VALOR DO MONITORAMENTO: Do marketing à chegada ao destino. O marketing como o conhecemos morreu, há destinos que nem CRM têm, mas que hoje, ganharam uma segunda chance. Como os viajantes buscam experiências de localidade temporária, a versão do destino oficial de destino não é, em muitos casos, a mais procurada. Em vez disso, o papel da comunicação mudou e deve-se criar e desenvolver estratégias novas e criativas para destacar o tipo certo de experiências e envolver as pessoas certas no momento certo para contar as histórias certas sobre sua lembrança do destino com base em uma estrutura de marca estratégica compartilhada e entregue por meio de experiência turística. O poder publico ganha novo papel, não mais de promover e dar apoio à comercialização, mas de ser mais “smart” o suficiente em subsidiar a iniciativa privada dados reais, e informações inteligentes para acelerar o potencial turístico municipal ou do território.  

VALOR DIGITAL: Seja para fins de marketing, comunicação ou dados,  o poder público ou a sociedade civil organizada de hoje, não de amanhã deve ser urgentemente digitalizada. Sob todos os aspectos do gerenciamento do destino e da organização por trás dele. Como resultado imediato, todos e tudo poderão gerar dados, de forma rápida. Os métodos populares de coleta de dados são reforçados pelo acesso aos dados digitais, não afetados por erros humanos ou taxas de resposta reduzidas. Através da medição passiva, o uso de “big data digital” pode fornecer representações precisas - geralmente em tempo real - do comportamento real dos visitantes, tendências do turismo e novo potencial de negócios.

Os valores apresentados não são fechados, outras dimensões relevantes a determinado destino pode ser mais relevante na geração de valor ao mercado. A dimensão tem que ser trabalhada neste sentindo – gerar valor, que na prática é lucro, aumento do ROI dos negócios, que na pratica vai dar o sonhado “foco no mercado” tanto falado e nada feito em prol desde resultado.

Só interessa ao mercado de viagens e hospedagem o que vende, então a seleção dos projetos e ações de todos é eliminada sob este olhar, ou seja, o destino ou território deve incentivar ações certeiras para resultados consistentes aos mercado, aí o valor do monitoramento ganha relevância de fato a todos os atores locais. O valor da experiência, inclui o maior atrativo que cada cidade do Brasil, a sua própria diversidade.

O valor digital é usado como meio, nunca como fim. O valor da localidade e experiência juntos darão a competitividade ao destino ou território. Assim o Futourism do Brasil, é por meio do seu valor digital deverá permitir os participantes - grandes e pequenos – a terem acesso ao mercado, tornando a inovação um processo cada vez mais aberto entre muitos atores de diferentes nos setores, por exemplo viagens e tecnologia, viagens e planejamento urbano, análise de viagens e dados. Abrir o mercado de forma democrática e constante, tornando a inclusão social desejada, não pelas desigualdades, mas pela valorização diversidade local.

Tudo mudou, o turismo morreu, e vai renascer com uma força nunca vista e consolidar-se como a principal atividade econômica do Planeta, porque é a única que é feita para pessoas e por pessoas. Depois de tanta tecnologia, tantas revoluções e tantas tentativas, vimos que a última etapa da sofisticação é de fato a simplicidade.

Aos parceiros e amigos, desejo,        

Suce$$o sempre, 

Ornelas. 

#TURISMOinteligente  #maisNEGOCIOS #MUNICIPIOSinteligentes 

*Ornelas é um think tank da Essência Náutica do Brasil. Foi o coordenador voluntário do GTT NAUTICO SC (2011-2017). Fundador e Presidente da ANCORA (Ass. Nacional de Cooperação em Redes de Apoio à Economia do Brasil do Brasil) também desenvolveu o Pólo Náutico de Tijucas por meio do conceito SMART SEA criado por sua empresa, a OSN CONSULTORIA. É sócios em marinas no Brasil e fundou o Complexo Náutico TMC.  

Fonte: 
OSN Consultoria, Florianópolis, SC, Brasil. 
https://www.osnconsultoria.com.br/serviços 

ANCORA da Economia do Mar, Itapema, SC, Brasil              
https://www.economiadomar.com.br/smart-sea

Imagens: 
Valor das pessoas, imagem do site https://ecommerceinsiders.com/13-tactics-improve-customer-lifetime-week-3701/
Valor digital, imagem do site https://researchleap.com/modern-marketing-communication-tourism/
Valor da experiencia marca da Instituto Marca Brasil e SEBRAE RJ

Referências Consultadas:

MARINETTI, Filippo Tommaso, Declaration of Futurism, published in Poesia, Volume 5, Number 6, April 1909 (Futurist manifesto translated to English). Blue Mountain Project.

PwC, Global Entertainment and Media Outlook 2016 – 2020.
European Parliamentary Research Service, Global Trendometer: Essays on medium- and long-term global trends, 2016.

European Strategy and Policy Analysis System, Shaping the Future, 2016.

OECD, Tourism Trends and Policies 2016.

Airbus, Global Market Forecast 2016-2035.

Harvard Business Review, Labels like “Millennial” and “Boomer“ Are Obsolete, Nov 2016.

SKIFT, The Megatrends Defining Travel in 2016.

SKIFT, The Traveler Manifesto – What Super Travelers Want From the Travel Industry, 2016.


FUtourism: realidade ampliada urgente.


COMO A REALIDADE AUMENTADA APOIA A EXPERIÊNCIA TURÍSTICA PARA GERAR QUALIDADE PERCEBIDA?

Álvaro Ornelas*

Construir uma experiência incrível para o visitante é essencial para o sucesso de um destino. A realidade aumentada (RA) tem um papel importante a desempenhar nesse sucesso, pois começa a aprimorar as experiências do mundo real por meio das principais tecnologias aplicadas ao mercado turístico, em destinos ou territórios que tenham um plajamento desenhado com foco no mercado e no cliente.

Imagem: Empresa REAMP de Mapas em RA. . 

Em 2015, visitando a região da Toscana na Itália, recebi de uma amiga local uma dica incrível, baixar um aplicativo (APP) para smartphone. Foi minha primeira experiência com a tecnologia da realidade aumentada (RA), que na prática, adiciona uma camada de orientação, conteúdo e entretenimento aos locais físicos visitados (ou descobertos) ,por meio de um novo uso da câmera do telefone móvel. O APP baixado foi o Tuscany + , foi o primeiro desses aplicativos criados especificamente para o turismo como um "guia interativo em tempo real" destinado a aprimorar a experiência do visitante em um território.

A tecnologia de RA tornou-se amplamente usada no turismo, na Italia, que desde então, vem  aproximando uma estratégica de promoção, guiamento e “entrega de experiência” com o cliente. Como usá-la? Eis aqui mais um desafio do Futourism do Brasil, aqui a relação da palavra inovação é entendia como tecnologia e tecnologia é “comprada” como produto pronto vendido aos destinos que entender está “solucionando” sua relação entre poder público – iniciativa privada e cliente. Não é bem assim.

Primeiro entendimento é que o desenho e planejamento da experiência de usuário (ou até mesmo a experiência turística) a ser entregue em uma cidade/destino ou território com diversos atrativos a diversos públicas, rotas e roteiros muito específicos deverão ser desenhados, por algumas vezes, o mesmo atrativo é mostrado de formas diferentes dependendo do perfil do visitante. Aí nós, o Brasil, perde muito, pois não há informações, há dados (algumas iniciativas), mas eles não fazem parte do planejamento e ações diárias de gestores de turismo privados e não privados.  Temos dados e algumas informações mínimas, mas não usamos no desenho de experiências - fato constatado no mercado. Desenhar uma experiência de uso no mundo físico, para vender coisas analógicas para determinado público com o uso e ajuda do "meio virtual". Aí, depois de  desenhado e planejado, aí sim, aplicar diversas tecnologias à estratégia. 

Ao usar o Toscany+ só foi válido porque haviam conteúdos releventes para o meu perfil de visitante. Que forma estrategica foram colocados lá, porque atender as deamandas do meu perfil de usuário. Para garantir mais sucesso no uso, a primeira pergunta ao acessar o aplicativo de RA foi - qual a idade, este é uma estratágia para manter o "foco de mercado" no momento mais importante - durante a visita física. Atualmente, em outros aplicativa há visitas a pé desenhadas para pets. PET-tours em RA. Assim o viajante faz sua obrigação que todos donos de pets têm, sem perder tempo e conhecer mais sobre o novo destino. Uma estratégia, com uso de tenonologia, e não uma tecnologia cara e adquirada que depois se perder por que ela é entendida como FIM, porém é apenas um MEIO do processo de construção de experiências e o uso de realidade aumentada não é diferente. 

É uma solução? É uma solução MEIO, não FIM. Como exemplo o jogo do Pokémon Go, que é um aplicativo, um game em RA, talvez o mais  popular, pois há 40 milhões de usuários regulares. Empresas e destinos de visitação começaram a usar este aplicativo de jogos em seu benefício, criando itinerários de visitantes do Pokémon Go ou outro conteúdo típico local, dentro do jogo. Mais uma opção de roteiro inovadora e inesperada. Um aplicativo de RA pode ser  uma interface a ser usada para explorar sua cidade, destino ou território. 

Imagem: Pokemom GO, Paris, 2017

Uma realidade melhorada através do envolvimento nas experiências do cliente 

Como a realidade aumentada pode fornecer valor a longo prazo para visitantes e indústria do turismo? A RA tem o potencial de apoiar as experiências turísticas por meio de novos modos de atendimento ao visitante, narrativa e “game-ficação”? Pode apoiar estratégias de CRM e de marketing de resultados? Por exemplo, poderiam usar o RA para dar informações turísticas em diversos idiomas? Oferecer mapas e guias para públicos específicos de nicho, oferecer contexto histórico ou cultural adicional a uma experiência, mostrar como seus destinos apareceriam em uma estação diferente ou criar jogos educativos para aprenda sobre a história e a vida selvagem de uma região ou como forma de entretenimento para crianças e adultos em viagem. A resposta certa é SIM para todos questinamentos. É possível, é real e diria que com uso de tecnologia velha, dois anos atrás, que hoje é velho, porém seria um passo grandioso para a empresa, destino ou território que se aventurar no Futourism do Brasil com novos usos de tecnologias.

Imagem: Empresa COM SCHOOL, campanha ganhadora. 

Outro exemplo, encontrado em viagens, é o aplicativo do VISIT DUBLIN tem uma função inovadora – estátuas falantes e é um ótimo exemplo. Os visitantes podem usar o aplicativo para conhecer figuras históricas nos locais importantes e pontos históricos. Essas experiências foram  desenhadas para aproximar. Quem não gostaria de ouvir um poema de Joyce, na terra dele, e na frente da estátua dele?  
No entanto, a criação de um aplicativo RA pode ser um empreendimento complicado e caro. O que é realista para organizações ou destinos preocupadas com o orçamento? Ideia é criar um sistemas simples de monitoramento, não observatórios, estratégias de análise de dados reais, técnicas de gerar informações que possam "alimentar sistemas", é o passo primeiro para o bom uso de RA. Permitir o novo é fundamental também. Fale com gente nova, transforme o problemas em uma oportunidade profissional para os novos, o futurismo do Brasil depende de uma nova forma de ver e agir com relação a atração de fluxo turístico. 

Para se inspirar, conheci a POAdigital, uma iniciativa de Porto Alegre no RS, com quem estou estudando soluções para “lançar” um território turístico 100% digitalizado e tecnológico. Desafiador? Sim. Impossível de fazer? Não. Faça seu aproach, só se tiver estratégias e dados. 

Como a RA impactará o marketing de destino do futuro?

No meu entender, a RA a educação, o entretenimento e a qualidade da “entrega turística”. Uma forma sustentável de gerar a informação desejada e entrega la na hora exata, proporcionando itens que complementam a experiência turística, por meio do desenho do uso. Então o passo primeiro é “visualizar” , fazer exercícios de “Futourism do Brasil”, trazer elementos pensados para o setor em 2030, para hoje, para 2020. Agora. Aqui para o Brasil! Ver o futuro é o passo primeiro, tornarno  realidade. Não há como não pensar em RA no Futourism do Brasil

Com RA é possível ver passado, alinhado ao um restaurante pode-se “experimentar” o receitas do passado. É um novo mundo, um mundo onde não basta usar RA, é necessário pensar realidades possíveis no contexto turístico para associar a outros usos e principalmente gerar novos negócios por meio do aumento do fluxo de visitantes ao territórios turístico. 

Imagine visitar a fortalezas portuguesas do Brasil, com RA e “sincronizar” com restaurantes tematizados? É uma das realidades possíveis, com o RA. Reforçando, sempre que deve ser usada como meio nunca como fim. A tecnologia será útil para: informação, inspiração, navegação, educação, tradução - tudo em um aplicativo. Os viajantes usarão a tecnologia RA para escolher seus destinos e atividades antes e durante a viagem. Por fim, eles experimentarão o planejamento e a viagem de uma maneira muito mais interativa e enriquecedora que parecerá uma jornada própria. RA não é a experiência turística nem tão pouco vai gerar lembranças ao visitante, simplesmente irá “auxiliar” com informações na hora certa entregues ao usuário-visitante. A experiência virtual está para os conceitos de “user design”, a experiência turística e a soma da virtual+user desing+emocional+contato durante um encontro REAL. Assim RA enriquece em "camadas do descobrimento" e promove condições para prestar serviços e visitas que torna se ão mais otimizados e personalizados – hoje, agora! O uso da realidade ampliada é urgente ao setor setor e ao Futourism do Brasil

Aos parceiros e amigos, desejo,

Suce$$o sempre, 

Ornelas. 

#TURISMOinteligente  #maisNEGOCIO#MUNICIPIOSinteligentes

*Ornelas é um think tank da Essência Náutica do Brasil. Foi o coordenador voluntário do GTT NAUTICO SC (2011-2017). Fundador e Presidente da ANCORA (Ass. Nacional de Cooperação em Redes de Apoio à Economia do Brasil do Brasil) também desenvolveu o Pólo Náutico de Tijucas por meio do conceito SMART SEA criado por sua empresa, a OSN CONSULTORIA. É sócios em marinas no Brasil e fundou o Complexo Náutico TMC.  

FONTE: 
OSN Consultoria, Florianópolis, SC, Brasil. 
https://www.osnconsultoria.com.br/serviços 

ANCORA da Economia do Mar, Itapema, SC, Brasil  

https://www.economiadomar.com.br/smart-sea


Referências Bibliográficas:
  


Tuesday 7 April 2020

FUtourism: nova forma de promoção de destinos.


ESTRÉGIA BOCA-A-BOCA. COMO PROMOVER EXPERIÊNCIAS TURÍSTICAS POR MEIO DE TERCEIROS?

Álvaro ORNELAS*

Os viajantes de hoje são, na prática, verdadeiros contadores de histórias sobre os destinos turísticos visitados. Esse comportamento é bem mais relevante e bem mais estratégico quando se fala em promoção e apoio à comercialização de um determinado destino ou território. Consultores e gestores do turismo nacional estão ignorando este "novo comportamento" no desenho de suas estratégias. Porém na iniciativa privada, saiu na frente, ao pensar como suas experiências turísticas poderiam ser "repassadas" e fazer do ato de contar histórias sobre suas lembranças em marketing turístico "na veia", direto ao consumidor futuro. 

Foto: Pratos da Boa Lembrança. 

Desenhar e entregar uma experiência turística, com um alto grau de qualidade, onde o "cliente 1", possa se tornar o meio de comunicação da promoção dos negócios. Por esse motivo, não pode ser ignorado no novo arranjo produtivo do setor de hospedagem e de viagens. Resmundo: as empresas e destinos anfitriões precisam concentrar se no produto como ponto de partida para a promoção e conquista de ganhos.Experiências e produtos criados causarão “uma conexão e uma troca entre duas ou mais pessoas”, um encontro, criando um cenário em que todos saem ganhando: uma experiência mais valiosa para o visitante e mais promoção boca a boca para o destino ou empresa. 

Há uma inversão na ordem de promoção turísticas, quem promove é o usuário, quem avalia a qualidade e o valor da experiência é o usuário e é nele que devemos focar esforços para garantir que a comunicação seja conforme o planejado/desenhado pelas empresas e pelo destino. Difícil? Sim. Estratégico? Sim. Como iniciar? Como fazer? Segue uma reflexão inicial.

O olhar é em torno de um “mix social” com variáveis que devem ser desenhadas conforme a demanda real de cada empresa/destino/município/território anfitrião, algumas destas variáveis são: rituais, pontos de referência, infraestrutura e lembranças. A lembrança deve ter valores e refletir um momento único de conhecimento e conectividade, o que traduz em experiência turística, que difere da experiência do usuário principalmente no grau de envolvimento porque essa permite que seja construida por meio da tecnologia e de forma “eletrônica”, já a experiência turística tem a base no encontro de humanos, só a assim teremos conseguido gerar as lembranças que desejamos no viajante, que mais tarde se tornar "promotor" em suas redes de convivências diárias. 

Lembrança diferente de experiência turística:

Uma lembrança é um objeto ou item que serve para lembrar alguém de um evento passado. No sentido moderno, isso pode ser físico ou digital. Os hóspedes adquirem lembranças como parte de uma experiência. O foco aqui é a experiência turística por meio de uma empresa ou destino. Onde o visitante possa criar a lembrança dentro da experiência. Qualquer um desses cenários é muito mais poderoso do que a saída comum esperada pela loja de presentes para comprar uma camiseta ou adesivo. Como experiências bem-sucedidas são frequentemente promovidas de boca em boca. Qual seriam exemplos práticos, aplicados no mercado de "fluxo de viajantes"? Onde o viajante tornas, por muito tempo, conectado à empresa ou destino, em uma vibração positiva que resultará em mais reservas e lucros? Como transformar em algo tangível e digna de conversa para seus convidados?

Veja como um restaurantes constrói lembranças por meio de uma experiência na prática. O case mais improvável e mais singificativo por ser autêncico 101% é o Restaurante  Osteriadella Colombina na Serra Gaúcha, no município de Garibaldi, na Comunidade Linha São Jorge (no campo), no Rio Grande do Sul, um restaurante com alma e “estômago” italiano. É um estabelecimento certificado pelo Tour da Experiência criado Instituto Marca Brasil que em 2013 foi premiado pela OMT com o “oscar do turismo” o Prêmio Ulysses, por ser o futuro do turismo. Então, o nosso futurismo, começou em 2008 quando foi desenhado o método para transformar empresas de turismo em "usinas geradoras" de lembranças, por meio de uma experiência turística autêntica. Voltando ao restaurante. É familiar, é aconchegante, é  distante, acesso ruim, mas certificado em “entregar” experiências turísticas e conectar emocionalmente com TODOS seus clientes, como estratégia. E é um gerador de lembranças incrível, porque, estrategicamente usa dois pontos psicológicos e um ponto de sorte do destino. O ponto 1 é o fator aconchego acolhimento gastronômico, promovido pelo "cenário" (este é outro ponto do futurismo que vamos falar em outra oportunidade); E o o ponto 2 é o lúdico com “pitadas de regressão”, por meio da "contação" de histórias dos imigrantes italianos vivenciaram seus primeiros tempo na Serra Gaúcha, contos que muram a visão de todo o território, pois "afina" olhar do visitantes pelo resto de sua estata no território. E o pontoe de sorte do destino, no meu entender fator de sucesso do empreendimento, é a sorte que trata-se da gastronomia e tradições italianas, em um pais que tem a maior número de passaportes italianos fora da Itália, o Brasil tem laços e o “dna” com os saberes e fazeres da Itália são presentes em várias formas na Serra Gaúcha, em São Paulo, onde há mais Italianos do que na Itális - isto para esta empresa familiar é "foco de mercado". Se fosse gastronomia Chinesa (só para ser engraçado, hoje, 2020), não seria tão duradouro o sucesso do restaurante pelo acesso ao mercado alvo, é menor. 

É agora? Difícil ou mais fácil? Há literatura sobre isto, pois o método replicado e melhorado em empresas e roteiros do Tour da Experiência já estão em pleno funcionamento. No RJ, o circuito Caminhos do Brasil Imperial, o que tive que tive a honra de ajudar a construir com os empresários (hoje amigos). que hoje ofertam ao mercado para segmentos específicos conectar por meio da história do Brasil (no perídio do segundo Reinado de 1840 e 1889) , onde o conteúdo rico de um periodo do Brasil que foi empreendedor, global e humanista de uma forma que jamais foi - assim este legado une, por meio de experiencias turísticas as cidades e territórios como: Rio de Janeiro (Centro Histórico), a Serra Carioca, o Vale do Café, Resende (Penedo e Região de Visconde de Mauá)  e a Costa Verde. Difícil? Sim. Impossível? Não. Foram empresas que aprenderam o valor do Tour da Experiência e as lembranças de sues clientes, conforme planejando, atrai novos clientes e “faz a roda girar”.

Imagem: Instituto Marca Brasil, 2014.

Voltamos ao nosso exemplo – Restaurante Osteria dela Colombina, para gerar lembrança pode aumentar sua experiência, porque há contexto. A origem do restaurante, como começou: colonos, 4 filhos, distantes ... tudo contra o sucesso, provou se o contrário!!! Mas a estratégia base sempre foi: gerar lembranças. A recepção é impecável, a mesa com qualidade, e o sorriso na entrada, tudo “normal” até que foi pensado com “convidar o hóspede” a mexer e tocar e apreender a fazer um “Colombina, uma pombinha”, com massa de pão,  uma tradição italiana, que unia a crianças com as mães e as avós, sim as avós. Agora ao escrever para vocês, lembro-me da minha primeira vez lá, minha vó era portuguesa, mas me deixava fazer coisas na cozinha “ajudar”. Então o toque com a massa, a história de amor e familia faz todos, quase que imediatamente, voltar a ser criança. E assim meio da história deles, das tradições italianas, e do emocional , torna o estabelecimento ÙNICO, incrível que mesmo de depois de 8 anos continuo falando  e usando como exemplo de como exemplo prático que PODEMOS criar, desenhar e formatar e vender  experiências turísticas que ao final “gerarão lembranças” que são novamente usadas por nós como promoção, a mais fiel das promoções – o boca-a-boca.

Além de construir sua marca em torno de uma história de origem excepcional (a relação afetiva da proprietária do restaurante com as tradições dela, vividas até a abrtura da empresa), a Osteria dela Colombina também deixa todos os “cliente” com a lembrança perfeita de sua visita – a pombinha que foi feita pelo cliente, ao entender o que ela significa é "retida" como "momentum", um objetivo que vai conectar o cliente para sempre, e pode inclive tornar-se mais um adorno na prateleira de "coisas de viagem" que todo viajante tem em casa. 

A bombinha, no início, era feita pela chefe na presença de todos, depois de assada, as "pequenas" eram devoradas como entrada. Como um pão na certa de "couvert", em um processo e treinamento de "gerar lembranças", mudou um ponto: agora quem coloca a mão na massa, faz a pombinha de pão é o cliente. Depois de assadas, nesta nova fase, eram colcadas à mesa e TODOS levaram para a casa, ninguém come algo que se tenha - valor. Elas eram assadas e ia a mesa, mas aí, ninguém mais comia como entrada, eram levadas para casa como lembrança, A minha ficou verde na prateleira,  tenho que voltar lá!
  
Aqui estão alguns dos princípios por trás de uma lembrança bem-sucedida:

1 - As lembranças podem ser adicionadas com facilidade e credibilidade à sua experiência se elas atenderem a uma necessidade operacional ou resolverem um problema, ou geram valor emocional ao longo da jornada do hóspede (viajante – cliente);

2 - Entender o cliente, dados e informações continuadas sobre o cliente ou nicho algo. Na Osteria dela Comlombina, há uma necessidade legal de identificar quem já recebeu esteve no lá ... para que haja conteúdo novo durante a experiência II.

3 - As lembranças geradas tornam se gatilho mental para a história da sua marca (empresa ou destino);

Quem foi, fala, conta empolgada várias vezes a diversos públicos nunca pensados no planejamento tradicional.

A lembrança do restaurante da “pombinha” também atinge as seguintes notas:

• Novidade: a “criação da pombinha” é uma parte inesperada e encantadora da experiência.
•  A marca é “inserida” no emocional do cliente. Não é carimbo é um elo que se criou por meio da emoção. 
• Acessibilidade: a “bombinha” é barata, a massa simples. Podem inclusive fazer em casa com a sua familia na volta. 

Essa lembrança simples é apenas uma pequena parte da experiência, mas fornecer a todos os clientes uma sugestão de marca “brinde” visível e tangível cria um efeito cumulativo valioso na comunicação boca-a-boca e impacta no “ROI” do negócios em potencial.

Aos parceiros e amigos, desejo,         

Suce$$o sempre, 

Ornelas. 

#TURISMOinteligente  #maisNEGOCIOS #MUNICIPIOSinteligentes 

*Ornelas é um think tank da Essência Náutica do Brasil. Foi o coordenador voluntário do GTT NAUTICO SC (2011-2017). Fundador e Presidente da ANCORA (Ass. Nacional de Cooperação em Redes de Apoio à Economia do Brasil do Brasil) também desenvolveu o Pólo Náutico de Tijucas por meio do conceito SMART SEA criado por sua empresa, a OSN CONSULTORIA. É sócios em marinas no Brasil e fundou o Complexo Náutico TMC.  

NOTAS: 

NOTA 1: Projeto Tour da Experiência foi criado pela equipe de consultores e parceiros do Instituto Marca Brasil e o projeto piloto foi implantado na Serra Gaúcha, no início das estratégias de consolidação de mercado das cidades de Bento Gonçalves e Garibaldi principalmente.

NOTA 2:
Osteria della Colombina só abre nos sábados, domingos e feriados, apenas para o almoço. É necessário agendar por telefone (54) 3464 7755, (54) 9121 1040 ou email colombina@estradadosabor.com.br. Fica na Comunidade Linha São Jorge em Garibaldi. 
E para facilitar siga no Facebook: https://www.facebook.com/osteriacolombina/

Se você anotou os contatos do restaurante para a sua programação de viagem ou indicação, você acaba de ser impactado pela estratégia BOCA A BOCA do Osteria dela Colombina, assim é o futurismo, nichos específicos e experiências incríveis.

NOTA 3: 
ROI, significa em inglês, retorno sobre o investimento. ROI = return on the investment. Foco diário de todos empreendedores do setor. 

Fonte: 
OSN Consultoria, Florianópolis, SC, Brasil.  
https://www.osnconsultoria.com.br/serviços 

ANCORA da Economia do Mar, Itapema, SC, Brasil               
https://www.economiadomar.com.br/smart-sea

Imagens: 
Valor das pessoas, imagem do site https://ecommerceinsiders.com/13-tactics-improve-customer-lifetime-week-3701/
Valor digital, imagem do site https://researchleap.com/modern-marketing-communication-tourism/
Valor da experiencia marca da Instituto Marca Brasil e SEBRAE RJ

Referências Consultadas:

MARINETTI, Filippo Tommaso, Declaration of Futurism, published in Poesia, Volume 5, Number 6, April 1909 (Futurist manifesto translated to English). Blue Mountain Project.

PwC, Global Entertainment and Media Outlook 2016 – 2020.
European Parliamentary Research Service, Global Trendometer: Essays on medium- and long-term global trends, 2016.

European Strategy and Policy Analysis System, Shaping the Future, 2016.

OECD, Tourism Trends and Policies 2016.

Airbus, Global Market Forecast 2016-2035.

Harvard Business Review, Labels like “Millennial” and “Boomer“ Are Obsolete, Nov 2016.

SKIFT, The Megatrends Defining Travel in 2016.

SKIFT, The Traveler Manifesto – What Super Travelers Want From the Travel Industry, 2016.