ESTRÉGIA BOCA-A-BOCA. COMO PROMOVER EXPERIÊNCIAS TURÍSTICAS POR MEIO DE TERCEIROS?
Álvaro ORNELAS*
Os viajantes de hoje são, na prática,
verdadeiros contadores de histórias sobre os destinos turísticos visitados. Esse
comportamento é bem mais relevante e bem mais estratégico quando se fala em
promoção e apoio à comercialização de um determinado destino ou território. Consultores e gestores do turismo nacional estão ignorando este "novo comportamento" no desenho de suas estratégias. Porém na iniciativa privada, saiu na frente, ao pensar como suas experiências turísticas poderiam ser "repassadas" e fazer do ato de contar histórias sobre suas lembranças em marketing turístico "na veia", direto ao consumidor futuro.
Foto: Pratos da Boa Lembrança.
Desenhar e entregar uma experiência turística, com um alto grau de qualidade, onde o "cliente 1", possa se tornar o meio de comunicação da promoção dos negócios. Por esse motivo, não
pode ser ignorado no novo arranjo produtivo do setor de hospedagem e de viagens. Resmundo: as empresas e destinos anfitriões
precisam concentrar se no produto como ponto de partida para a promoção e conquista de ganhos.Experiências e produtos criados causarão “uma conexão e uma troca entre duas ou mais
pessoas”, um encontro, criando um cenário em que todos saem ganhando: uma
experiência mais valiosa para o visitante e mais promoção boca a boca para o
destino ou empresa.
Há uma inversão na
ordem de promoção turísticas, quem promove é o usuário, quem avalia a qualidade
e o valor da experiência é o usuário e é nele que devemos focar esforços para garantir
que a comunicação seja conforme o planejado/desenhado pelas empresas e pelo
destino. Difícil? Sim. Estratégico? Sim. Como iniciar? Como fazer? Segue uma
reflexão inicial.
O olhar é em torno de um “mix social”
com variáveis que devem ser desenhadas conforme a demanda real de cada
empresa/destino/município/território anfitrião, algumas destas variáveis são: rituais,
pontos de referência, infraestrutura e lembranças. A lembrança deve ter valores
e refletir um momento único de conhecimento e conectividade, o que traduz em
experiência turística, que difere da experiência do usuário principalmente no
grau de envolvimento porque essa permite que seja construida por meio da tecnologia e de forma “eletrônica”, já a experiência
turística tem a base no encontro de humanos, só a assim teremos conseguido
gerar as lembranças que desejamos no viajante, que mais tarde se tornar "promotor" em suas redes de convivências diárias.
Lembrança diferente
de experiência turística:
Uma lembrança é um
objeto ou item que serve para lembrar alguém de um evento passado. No sentido
moderno, isso pode ser físico ou digital. Os hóspedes adquirem lembranças como
parte de uma experiência. O foco aqui é a experiência turística por meio de uma empresa ou destino. Onde o visitante possa criar a lembrança dentro da experiência. Qualquer um desses
cenários é muito mais poderoso do que a saída comum esperada pela loja de
presentes para comprar uma camiseta ou adesivo. Como experiências bem-sucedidas
são frequentemente promovidas de boca em boca. Qual seriam exemplos práticos, aplicados no mercado de "fluxo de viajantes"? Onde o viajante tornas, por muito tempo, conectado à empresa ou destino, em uma vibração positiva que resultará em mais reservas e lucros? Como transformar em algo tangível e digna de conversa para seus convidados?
Veja como um restaurantes constrói lembranças por meio de uma experiência na prática. O case mais improvável e mais singificativo por ser autêncico 101% é o Restaurante Osteriadella Colombina na Serra Gaúcha, no município de Garibaldi, na Comunidade
Linha São Jorge (no campo), no Rio Grande do Sul, um restaurante com alma e “estômago”
italiano. É um estabelecimento certificado pelo Tour da Experiência
criado Instituto Marca Brasil que em 2013
foi premiado pela OMT com o “oscar do turismo” o Prêmio Ulysses, por ser o futuro do turismo. Então, o nosso futurismo, começou em 2008 quando foi desenhado o método para transformar empresas de turismo em "usinas geradoras" de lembranças, por meio de uma experiência turística autêntica. Voltando
ao restaurante. É familiar, é aconchegante, é distante, acesso ruim, mas certificado
em “entregar” experiências turísticas e conectar emocionalmente com TODOS seus
clientes, como estratégia. E é um gerador de lembranças incrível, porque,
estrategicamente usa dois pontos psicológicos e um ponto de sorte do destino. O ponto 1
é o fator aconchego acolhimento gastronômico, promovido pelo "cenário" (este é outro ponto do futurismo que vamos falar em outra oportunidade); E o o ponto 2 é o lúdico com “pitadas
de regressão”, por meio da "contação" de histórias dos imigrantes italianos vivenciaram seus primeiros tempo na Serra Gaúcha, contos que muram a visão de todo o território, pois "afina" olhar do visitantes pelo resto de sua estata no território. E o pontoe de sorte do destino, no meu entender fator de sucesso do empreendimento, é a sorte que trata-se da gastronomia e tradições italianas, em um pais que tem a maior número de passaportes italianos fora da Itália, o Brasil tem laços e o “dna” com os saberes e fazeres da Itália são presentes em várias formas na Serra Gaúcha, em São Paulo, onde há mais Italianos do que na Itális - isto para esta empresa familiar é "foco de mercado". Se fosse gastronomia Chinesa
(só para ser engraçado, hoje, 2020), não seria tão duradouro o sucesso do restaurante pelo acesso ao mercado alvo, é menor.
É agora? Difícil ou
mais fácil? Há literatura sobre isto, pois o método replicado e melhorado em
empresas e roteiros do Tour da Experiência já estão em pleno funcionamento. No RJ, o circuito Caminhos do
Brasil Imperial, o que tive que tive a honra de ajudar a construir com os empresários (hoje amigos). que hoje ofertam ao mercado para segmentos específicos conectar
por meio da história do Brasil (no perídio do segundo Reinado de 1840 e 1889) , onde o conteúdo rico de um periodo do Brasil que foi empreendedor, global e humanista de uma forma que jamais foi - assim este legado une, por meio de experiencias turísticas as cidades e territórios como: Rio de Janeiro (Centro Histórico),
a Serra Carioca, o Vale do Café, Resende (Penedo e Região de Visconde de Mauá) e a Costa Verde. Difícil? Sim. Impossível?
Não. Foram empresas que aprenderam o valor do Tour da Experiência e as
lembranças de sues clientes, conforme planejando, atrai novos clientes e “faz a
roda girar”.
Imagem: Instituto Marca Brasil, 2014.
Voltamos ao nosso
exemplo – Restaurante Osteria dela Colombina, para gerar lembrança pode
aumentar sua experiência, porque há contexto. A origem do restaurante, como começou:
colonos, 4 filhos, distantes ... tudo contra o sucesso, provou se o contrário!!! Mas a estratégia base sempre foi: gerar lembranças.
A recepção é impecável, a mesa com qualidade, e o sorriso na entrada, tudo “normal”
até que foi pensado com “convidar o hóspede” a mexer e tocar e apreender a
fazer um “Colombina, uma pombinha”, com massa de pão, uma tradição italiana, que unia a crianças
com as mães e as avós, sim as avós. Agora ao escrever para vocês, lembro-me da
minha primeira vez lá, minha vó era portuguesa, mas me deixava fazer coisas na
cozinha “ajudar”. Então o toque com a massa, a história de amor e familia faz todos, quase que imediatamente, voltar a ser criança. E assim meio da história deles, das tradições italianas, e do
emocional , torna o estabelecimento ÙNICO, incrível que mesmo de depois de 8
anos continuo falando e usando como exemplo
de como exemplo prático que PODEMOS criar, desenhar e formatar e vender experiências turísticas que ao final “gerarão lembranças”
que são novamente usadas por nós como promoção, a mais fiel das promoções – o boca-a-boca.
Além de construir
sua marca em torno de uma história de origem excepcional (a relação afetiva da proprietária do restaurante com as tradições dela, vividas até a abrtura da empresa), a Osteria dela Colombina também
deixa todos os “cliente” com a lembrança perfeita de sua visita – a pombinha
que foi feita pelo cliente, ao entender o que ela significa é "retida" como "momentum", um objetivo que vai conectar o cliente para sempre, e pode inclive tornar-se mais um adorno na prateleira de "coisas de viagem" que todo viajante tem em casa.
A bombinha, no início, era
feita pela chefe na presença de todos, depois de assada, as "pequenas" eram devoradas como entrada. Como um pão na certa de "couvert", em um processo e treinamento de "gerar lembranças", mudou um ponto: agora quem coloca a mão na massa, faz a pombinha de pão é o cliente. Depois de assadas, nesta nova fase, eram colcadas à mesa e TODOS levaram para a casa, ninguém come algo que se tenha - valor. Elas eram assadas e ia a mesa, mas aí, ninguém mais comia como
entrada, eram levadas para casa como lembrança, A minha ficou verde na prateleira,
tenho que voltar lá!
Aqui estão alguns
dos princípios por trás de uma lembrança bem-sucedida:
1 - As lembranças podem
ser adicionadas com facilidade e credibilidade à sua experiência se elas
atenderem a uma necessidade operacional ou resolverem um problema, ou geram valor emocional ao longo da
jornada do hóspede (viajante – cliente);
2 - Entender o cliente, dados e informações continuadas sobre o cliente ou nicho algo. Na Osteria dela Comlombina,
há uma necessidade legal de identificar quem já recebeu esteve no lá ... para
que haja conteúdo novo durante a experiência II.
3 - As lembranças geradas tornam se gatilho mental para a história da sua marca (empresa ou destino);
Quem foi, fala,
conta empolgada várias vezes a diversos públicos nunca pensados no planejamento
tradicional.
A lembrança do
restaurante da “pombinha” também atinge as seguintes notas:
• Novidade: a “criação
da pombinha” é uma parte inesperada e encantadora da experiência.
• A marca é “inserida” no emocional do cliente.
Não é carimbo é um elo que se criou por meio da emoção.
• Acessibilidade: a
“bombinha” é barata, a massa simples. Podem inclusive fazer em casa com a sua familia na volta.
Essa lembrança
simples é apenas uma pequena parte da experiência, mas fornecer a todos os clientes
uma sugestão de marca “brinde” visível e tangível cria um efeito cumulativo
valioso na comunicação boca-a-boca e impacta no “ROI” do negócios em potencial.
Imagens:
OECD, Tourism Trends and Policies 2016.
Aos parceiros e amigos, desejo,
Suce$$o sempre,
Ornelas.
#TURISMOinteligente #maisNEGOCIOS #MUNICIPIOSinteligentes
#EssenciaNAUTICA #BrasilNAUTICO #SmartSEA #ECONOMIAdoMAR #maisCONSERVAÇÃO #maisINTELIGENCIA #menosVAIDADES #maisMERCADO #EDUentretenimento
*Ornelas é um think tank da Essência Náutica do Brasil. Foi o coordenador voluntário do GTT NAUTICO SC (2011-2017). Fundador e Presidente da ANCORA (Ass. Nacional de Cooperação em Redes de Apoio à Economia do Brasil do Brasil) também desenvolveu o Pólo Náutico de Tijucas por meio do conceito SMART SEA criado por sua empresa, a OSN CONSULTORIA. É sócios em marinas no Brasil e fundou o Complexo Náutico TMC.
NOTAS:
NOTA 1: Projeto Tour da Experiência foi criado pela equipe de consultores e parceiros do Instituto Marca Brasil e o projeto piloto foi implantado na Serra Gaúcha, no início das estratégias de consolidação de mercado das cidades de Bento Gonçalves e Garibaldi principalmente.
NOTA 1: Projeto Tour da Experiência foi criado pela equipe de consultores e parceiros do Instituto Marca Brasil e o projeto piloto foi implantado na Serra Gaúcha, no início das estratégias de consolidação de mercado das cidades de Bento Gonçalves e Garibaldi principalmente.
NOTA 2:
A Osteria della Colombina só abre nos sábados, domingos e feriados, apenas para o almoço. É necessário agendar por telefone (54) 3464 7755, (54) 9121 1040 ou email colombina@estradadosabor.com.br. Fica na Comunidade Linha São Jorge em Garibaldi.
E para facilitar siga no Facebook: https://www.facebook.com/osteriacolombina/
Se você anotou os contatos do restaurante para a sua programação de viagem ou indicação, você acaba de ser impactado pela estratégia BOCA A BOCA do Osteria dela Colombina, assim é o futurismo, nichos específicos e experiências incríveis.
NOTA 3:
ROI, significa em inglês, retorno sobre o investimento. ROI = return on the investment. Foco diário de todos empreendedores do setor.
Fonte:
OSN Consultoria, Florianópolis, SC, Brasil.
https://www.osnconsultoria.com.br/serviços
ANCORA da Economia do Mar, Itapema, SC, Brasil
https://www.economiadomar.com.br/smart-sea
https://www.osnconsultoria.com.br/serviços
ANCORA da Economia do Mar, Itapema, SC, Brasil
https://www.economiadomar.com.br/smart-sea
Imagens:
Valor das pessoas, imagem do site https://ecommerceinsiders.com/13-tactics-improve-customer-lifetime-week-3701/
Valor digital, imagem do site https://researchleap.com/modern-marketing-communication-tourism/
Valor da experiencia marca da Instituto Marca Brasil e SEBRAE RJ
Referências Consultadas:
Valor digital, imagem do site https://researchleap.com/modern-marketing-communication-tourism/
Valor da experiencia marca da Instituto Marca Brasil e SEBRAE RJ
Referências Consultadas:
MARINETTI, Filippo Tommaso, Declaration of Futurism, published in Poesia, Volume 5, Number 6, April 1909 (Futurist manifesto translated to English). Blue Mountain Project.
PwC, Global Entertainment and Media Outlook 2016 – 2020.
European Parliamentary Research Service, Global Trendometer: Essays on medium- and long-term global trends, 2016.
European Strategy and Policy Analysis System, Shaping the Future, 2016.
OECD, Tourism Trends and Policies 2016.
Airbus, Global Market Forecast 2016-2035.
Harvard Business Review, Labels like “Millennial” and “Boomer“ Are Obsolete, Nov 2016.
SKIFT, The Megatrends Defining Travel in 2016.
SKIFT, The Traveler Manifesto – What Super Travelers Want From the Travel Industry, 2016.
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